Opinião | Papagoiaba

Uma guerra quase invisível para parte da sociedade, que admite as mortes daqueles considerados à margem da lei, vem se intensificando entre jovens convocados pelas facções criminosas instaladas em bairros e comunidades de Barra do Piraí, no Sul Fluminense.

Essa guerra vem sendo alimentada pelo envio dos jovens para as penitenciárias fluminenses, verdadeiras “universidades do crime” responsáveis pelos “alistamentos” baseados em códigos marginais, onde estão incluídos “direitos” como defesa jurídica, proteção e regalias no sistema prisional, e “deveres”, como atuar, quando em liberdade, no tráfico de drogas e de armas para defender as bandeiras e finanças das facções criminosas.

A dízima periódica, resultado de uma política de Estado ultrapassada e chamada de guerra contra as drogas, que há 60 anos acumula derrotas após derrotas nos registros de suas batalhas, fez mais uma vítima na noite desta quarta-feira, 2, quando um jovem, de 18 anos, foi baleado na Rua Doutor Mesquita pelo ocupante de uma motocicleta, que passou sem registros ou testemunhas pela localidade próxima ao Centro de Barra do Piraí.

Levado pelos moradores para a Casa de Caridade Santa Rita de Cássia – Santa Casa, o jovem foi submetido a uma intervenção cirúrgica para retirada do projétil alojado na região do intestino. Segundo informações do site do Grupo RBP, seu estado de saúde não é grave.

Os policiais militares do 10º BPM atuaram na ocorrência do caso registrado na 88ª Delegacia de Polícia Civil como homicídio tentado, ainda sem suspeição sobre motivação e possível autoria.

FOTO/ilustrativa/reprodução