Opinião | Papagoiaba

A Rodovia Presidente Dutra (BR-116), durante os 67 anos de existência transportou cerca de 50% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

Com a manifestação nacional dos caminhoneiros, que chega ao segundo dia reivindicando redução do preço do óleo diesel nos postos de combustíveis, a Via Dutra, o eixo Rio-São Paulo, exerce pressão sobre o governo federal, que não admitindo a redução de taxas e impostos sobre o valor do óleo diesel, tenta jogar para cima da combalida Petrobrás, a responsabilidade de evitar o desabastecimento em todos os setores do país.

Em reunião hoje no Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer (MDB), negou qualquer interferência na política de reajuste de preços de combustíveis adotada pela Petrobrás, sem explicar, porém, como fará para conter a grave crise, já que o governo federal depende das taxas e impostos cobrados sobre os combustíveis para não extrapolar o rombo fiscal de cerca 150 bilhões, previsto para 2018.

Por outro lado, o presidente da Petrobrás, Pedro Parente, ameaça ‘jogar a toalha’ em caso de interferência do governo federal na política de reajuste dos combustíveis da estatal do petróleo.

E nesse jogo, onde o que menos importa é o país, a Petrobrás, que ontem, segunda-feira, 21, havia informado novo reajuste nos preços do diesel e da gasolina nas refinarias a partir de hoje, terça-feira, 22, voltou atrás anunciando redução dos preços da gasolina em 2,08% e do diesel em 1,54% nas refinarias, a partir de amanhã, quarta-feira, 23.

Com o Congresso Nacional entregue às “moscas azuis”, o Brasil vive uma crise, que nem o mais otimista dos economistas consegue enxergar uma saída para evitar o caos instalado por uma classe política venal, nociva e que precisa ser expurgada da vida pública pelo voto do Povo Brasileiro.