Trocando em Miúdos
Vejam o vídeo com popular cobrando posicionamento de Moro sobre movimentações financeiras do ex-assessor de Flávio Bolsonaro na Alerj
Vivendo agora, verdadeiramente, sua face política, que durante a operação Lava Jato só era encontrada nas entrelinhas das decisões selecionadas, o ministro da Justiça e ex-juiz federal Sérgio Moro, foi cobrado por um popular, sobre o seu silêncio no caso das movimentações financeiras suspeitas do ex-assessor de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Fabrício Queiroz.
A assessoria de Moro confirmou o ocorrido no último domingo, 6, em um supermercado em Brasília. O ministro aparece distante na gravação, em um dos caixas do mercado, enquanto um rapaz grita: "Por que o Queiroz não é a pauta? A roubalheira do PT é pauta, a roubalheira do Queiroz, do PSL, não é pauta do governo, ele não pode falar sobre isso?".
Ao lado do homem, aparece outra pessoa, no mesmo caixa, alegando que queria comprar uma garrafa d'água. A assessoria de Moro confirmou se tratar de um segurança do ministro. Na gravação o segurança de Moro tenta, claramente, intimidar o popular. "Vai me censurar por isso? Disse que queria conversar comigo lá fora? Não, fala aqui. Você não é segurança do Moro? Sua fila é aquela lá", afirma o homem no vídeo, apontando para a direção do ministro.
"Você está sendo desagradável e mal educado com todo mundo aqui", respondeu Moro, sendo retrucado: “Ah, você foi educado quando divulgou os áudios da Dilma e agora tem que ficar caladinho, pianinho, né?”, ironizou o popular.
Moro, antes juiz que comandou a Operação Lava Jato, defendia a condução coercitiva de investigados que sequer tinham sido convidados para prestarem depoimentos. Hoje o ex-juiz federal e ministro de Bolsonaro se cala diante da recusa dos assessores de Flávio Bolsonaro em atender convites do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.
Queiroz, que esteve internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, após cirurgia para retirada de tumor, não compareceu a duas audiências convocadas pelo Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro. Em entrevista ao canal SBT, no dia 26 de dezembro, alegou que a movimentação de R$ 1,2 milhão em sua conta é originária da venda de carros.
Tanto sua esposa quanto suas filhas, também funcionárias e ex-funcionárias da Alerj no gabinete de Flávio, não deram data para comparecer ao MPRJ por acompanharem a recuperação de Queiroz em São Paulo.
Na terça-feira, 8, a esposa do ministro, Rosangela Moro, postou em sua conta do Instagram uma foto da bandeira do Brasil com a mensagem: "O dia em que todos os brasileiros se conscientizarem que somos um só povo com as mesmas preocupações veremos um grande avanço e estaremos no caminho certo. Parem de reclamar e esperem para ver a que veio este novo governo". No mesmo dia a esposa de Moro apagou a publicação.
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