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Projeto de deputados do PSL é visto como “patrulhamento ideológico” por estudantes e professores das universidades estaduais fluminenses
O projeto de lei dos deputados estaduais Anderson Moraes e Alana Passos, ambos do PSL, que determina a presença obrigatória de policiais militares em universidades estaduais, começa a ser discutido nesta quinta-feira, 5, no plenário da Alerj (Assembleia Legislativa Estadual do Rio de Janeiro), no Centro do Rio, Capital.
Visto pela esmagadora maioria de estudantes e professores como patrulhamento ideológico, como uma forma de policiar as atividades políticas e acadêmico-científicas nas universidades estaduais, o projeto é defendido pelos autores e também pelos apoiadores, dentre eles o próprio governador Wilson Witzel (PSC), como garantia da segurança dos bens e dos estudantes, professores e demais profissionais da comunidade universitária.
A Associação de Docentes da Uerj (Asduerj) divulgou nota reconhecendo problemas de segurança no lado de fora das universidades públicas estaduais. A Asduerj lamentou que o país caminhe no rumo do "atraso científico", do "patrulhamento" e da "intimidação" na produção acadêmica.
Encerrada a discussão em plenário o projeto seguirá para ser votado em primeira discussão. Se aprovado, retorna ao plenário para receber emendas e passar por uma segunda votação. Será arquivado se recusado em qualquer uma das duas votações. Se aprovado nas duas, seguirá para sanção do governador Witzel.
FOTO/reprodução - Uma decisão da ministra Cármen Lúcia, do STF, suspendeu operações em universidades no ano passado, após o ato ilegal de censura imposto a Faculdade de Direito no Rio.
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