Trocando em Miúdos
Absorventes higiênicos: causas com forte apelo popular para favorecer empresas privadas são incomuns no Brasil?
No dia em que o projeto de lei 4.869/2019 da deputada federal Marília Arraes (PT-PE) foi aprovado no Congresso, a Always Brasil deletou, logo após a publicação em suas redes sociais, uma mensagem comemorando a distribuição gratuita de absorventes femininos para estudantes de baixa renda e mulheres em situação de rua.
A Always Brasil pertence ao grupo internacional P&G (Procter & Gamble Company), multinacional sediada em Cincinnati, Ohio (EUA), que fatura US$ 78 bilhões por ano, adotando, como corriqueira, a política de distribuir benesses para lobistas de seus produtos em gabinetes de todos os poderes no Brasil e no mundo.
A coisa fica mais estranha, quando registramos que a Ong Girl Up, que tem forte patrocínio da P&G e, logicamente, da Always Brasil, é a idealizadora deste projeto sobre absorventes higiênicos, que acrescentará aos cofres da empresa fornecedora, mais de R$ 150 milhões em um ano.
Enquanto mais de 35 milhões de brasileiros não têm acesso à água potável e cerca de 100 milhões não têm serviço de coleta de esgotos no país, a prioridade na grande mídia, no Congresso e também em postagens de políticos da esquerda protestando contra o veto presidencial nas redes sociais é a distribuição gratuita de absorventes femininos para estudantes de baixa renda e mulheres em situação de rua?
Utilizar as entrelinhas das causas com forte apelo popular para favorecer empresas privadas não é assim tão incomum no Brasil.
E por falar em entrelinhas, a Alemanha recuou e proibiu a entrada de brasileiros vacinados com a Coronavac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.
FOTO/CAPA/reprodução
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