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Mais um homem desgraçado é morto e condenado com base na palavra da mulher
Em 28 de fevereiro de 2022, a major da Polícia Militar, Fabiana Pereira Ribeiro, de 43 anos, chamou a polícia militar, alegando, que seu marido, empresário e ex-agente do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Luiz Alberto Muniz do Cabo, de 48 anos, havia cometido suicídio, com uma pistola, e que ela estaria ao seu lado.
FOTO/CAPA/ilustração
Com sua versão contestada pelos peritos da Polícia Civil, a major PM Fabiana compareceu a 37ª DP (Ilha do Governador) e cinco dias depois assumiu a autoria do homicídio, revelando, que esperou seu companheiro dormir e o matou com um tiro de pistola têmpora direita. O crime foi cometido na residência da família, na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio, enquanto os dois filhos do casal dormiam.
No Tribunal do Júri realizado esta semana, a defesa alegou que a major PM Fabiana vinha sofrendo violências física, sexual e psicológica por parte do companheiro, com quem era casada há 15 anos.
E assim a mulher foi absolvida pelo crime de homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e sem defesa da vítima, enquanto o desgraçado do homem, assassinado dormindo com um tiro na cabeça, foi condenado nessa espécie de “nova ordem penal mundial”, onde, com raríssimas exceções, são dispensadas as provas com base apenas na palavra da vítima, somente, se ela for mulher.
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