Opinião | Papagoiaba

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer retornar a cobrança do imposto sindical obrigatório com valor equivalente a 1% do rendimento anual do trabalhador. O novo imposto sindical representará cerca de três dias de trabalho, ou seja, será três vezes maior do que o extinto em 2017, que representava um dia de trabalho. 

 FOTO/ilustração/Jeff Castro

A proposta, que está sendo analisada no Ministério do Trabalho, é uma promessa de campanha do presidente Lula aos sindicalistas, que desde 2017 contabilizam queda de 98% na arrecadação do imposto sindical. Em novembro daquele ano e após a implementação da reforma trabalhista, o imposto sindical se tornou opcional - voluntário. No período, um estudo feito pelo Departamento Intersindical de Estatística (Dieese) aponta que a arrecadação do imposto sindical caiu de R$ 3,6 bilhões, em 2017, para R$ 68 milhões, em 2022.

O presidente Lula acredita que não será fácil costurar apoio parlamentar para aprovar o novo imposto sindical obrigatório no Congresso, porém, o projeto deve ser apresentado com apoio dos sindicatos trabalhistas e das confederações patronais - dois terços do valor arrecadado seriam destinados aos sindicatos, e o restante distribuído entre confederações trabalhistas.

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