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Brasil alcança o terceiro lugar como país mais endividado do mundo, ao lado da Ucrânia, diz FMI
O Brasil não vive uma guerra, porém, passou a dividir com a Ucrânia, segundo o relatório Monitor Fiscal do Fundo Monetário Internacional (FMI), o terceiro lugar entre os países mais endividados do mundo.
FOTO/CAPA/reprodução - Ministério da Economia
O documento, divulgado durante o encontro anual do organismo com o Banco Mundial, projeta que a dívida pública bruta do país vai ficar em 88,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023. Segundo o FMI, nessa escalada o indicador chegará a 96,2% do PIB em 2028.
De acordo com o documento, o Egito tem o maior endividamento bruto, correspondente a 92,7% do PIB. A vizinha Argentina, que passa por uma grave crise financeira, está em segundo lugar, com 89,5% do PIB.
O PIB equivale à soma de tudo o que é produzido no país em bens e serviços. Pelas previsões do Fundo, o brasileiro vai alcançar US$ 2 trilhões. A relação dívida/PIB é usada pelo organismo para acompanhar a capacidade do país de honrar os compromissos com os credores. O relatório do FMI estima que o endividamento médio dos países emergentes vai ficar em 68,3% do PIB em 2023.
O documento observa que "a dívida pública global está substancialmente mais alta" e prevê que cresça consideravelmente mais rápido do que nas projeções pré-pandemia.
Em relação ao resultado das contas públicas, o fundo projeta que o governo central do Brasil terminará este ano com deficit primário de 1,2% do PIB. A estimativa é melhor do que a previsão anterior, divulgada em abril, de deficit de 2%. Pelas projeções, as contas permanecerão negativas em 2024, com deficit de 0,2%.
O relatório aponta que "as projeções fiscais para 2023 e 2024 refletem a política (econômica) em vigor".
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