Opinião | Papagoiaba

Se a cena gravada tivesse como protagonista qualquer cidadão comum neste país de vários pesos e medidas, certamente um delegado de Polícia Civil, investido de seu dever de coibir maus-tratos de animais, domésticos ou silvestres, já teria identificado o autor do crime, que no Brasil possui pena de dois a cinco anos de prisão.

 FOTO/CAPA/reprodução - A covardia do militar contra o animal silvestre

Mas, porém, contudo e todavia, o militar do Exército Brasileiro, em um quartel que, surpreendentemente, também ainda não foi identificado, aparece chutando violentamente um animal silvestre, possivelmente, um filhote de tamanduá, que caminha lentamente perto da guarita e da cancela da unidade militar.

Em nota, o Exército Brasileiro escreveu no perfil oficial no ‘X’, antigo Twitter, que “não compactua com nenhum tipo de violência a animais de qualquer espécie. Ao tomar conhecimento do fato, após a análise das imagens, iniciou-se a devida apuração, por meio de procedimento administrativo”,

Nas imagens, que viralizaram na internet, é possível ouvir uma pessoa dizendo: “Vai, tô gravando”, e risadas ao fundo.

A Comissão de Defesa dos Animais da Câmara Municipal do Rio de Janeiro pediu explicações formais das Forças Armadas, as mesmas que passaram dias e meses defendendo os direitos dos acampados antes de coloca-los em vários ônibus como investigados por terrorismo no ‘8 de janeiro’.

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