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R$ 18,3 milhões abandonados nos condomínios Francisco Furtado e Jardim Ipiranga II, em Barra do Piraí
Em consulta com base na Lei de Acesso a Informação sobre a construção de unidades populares, escola e unidade básica de saúde do programa do governo federal ‘Minha Casa, Minha Vida’ no bairro Vale do Ipiranga, em Barra do Piraí, a Caixa Econômica Federal informou que as áreas de terra dos condomínios Francisco Furtado e Jardim Ipiranga II foram adquiridas do Hotel Fazenda Pocinho Ltda pelos valores de R$ 690.271,25 e R$ 1.125.790,00 com respectivos pagamentos efetuados nos dias 1 de abril e 15 de maio de 2014.
As obras, que estavam sendo executadas pela empreiteira RD Campos Silva Construções Ltda, contratada pelo Ministério das Cidades através do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), foram paralisadas judicialmente a pedido do Ministério Público Federal pela primeira vez em 13 de março de 2015.
Em 9 de setembro do mesmo ano a Caixa conseguiu desembargar as obras, que menos de um mês depois, no dia 2 de outubro, foram novamente paralisadas por outra decisão judicial, que se arrastou até 12 de junho de 2016, quando o recurso agravo de instrumento impetrado pelos advogados da instituição financeira pública foi julgado com decisão favorável ao prosseguimento do programa ‘Minha Casa, Minha Vida’ no Vale do Ipiranga.
Quatro anos depois do empreendimento que já gastou R$ 18.326.009,07 em verbas públicas federais, moradores do Vale do Ipiranga ainda vivem dias de incertezas provocados pelo abandono das unidades populares, da escola e da unidade básica de saúde na localidade.
Sidney Januário de Oliveira lamenta o desperdício de dinheiro público - FOTO/Jeff Castro
Para o senhor Sidney Januário de Oliveira, 49 anos, casado e morador do Vale do Ipiranga há 4 anos, o desperdício de dinheiro público e as inúmeras ameaças de invasão deixam todos apreensivos na localidade. “Eu não entendo como um país com tantas pessoas sem moradias pode dar as costas para o empreendimento no Vale do Ipiranga” – disse.
Já o morador Robson de Souza, 40 anos, morador há 9 anos, também lamenta o desperdício de dinheiro público, acrescentando, que a deterioração do que ainda existe das obras nos condomínios Francisco Furtado e Jardim Ipiranga II vem provocando a proliferação de animais peçonhentos e vetores transmissores de doenças infectocontagiosas no bairro.
O senhor Olímpio de Macedo Silva e seu filho Diego Pereira da Silva - FOTO/Jeff Castro
Na localidade o JBP Papagoiaba encontrou senhor Olímpio de Macedo Silva e seu filho Diego Pereira da Silva, encarregados da segurança das obras nos condomínios Francisco Furtado e Jardim Ipiranga II. Segundo o senhor Olímpio ele é funcionário da empresa Prisma, contratada pela Caixa Econômica Federal para fazer a segurança no empreendimento. Seu filho Diego atua como uma espécie de segurança sem contrato quando os funcionários da empresa, que residem no Rio de Janeiro, não comparecem para trabalhar.
Eles explicaram que o senhor Olímpio é um segurança fixo na localidade. Já os funcionários da Prisma residentes no Rio atuam se revezando em turnos de uma semana, sendo substituídos todas as quartas-feiras, frisa-se, quando comparecem ao setor de trabalho.
Vejam abaixo as planilhas de custos fornecidas pela Caixa Econômica Federal.
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