Palavra de Mulher
Administrador de Pousada na Ilha da Gipóia é acusado de ofender e maltratar hóspedes
O professor universitário e doutor em Filosofia e Teologia, Marco Antônio de Oliveira, de 53 anos, compareceu nesta segunda-feira, 28, na 166ª Delegacia de Polícia, para registrar suposta pratica de racismo, furto, constrangimento ilegal e maus-tratos, contra ele e sua família na Pousada Canto do Hibisco, localizada na Ilha da Gipóia, baía da Ilha Grande, em Angra dos Reis, Costa Verde do Rio.
Marco Antônio, a esposa, Zeni, Priscila e Thiago – FOTO/redes sociais
De acordo com da filha do professor, Priscila Oliveira, 28 anos, ela reclamou nas redes sociais do tratamento na Pousada Canto do Hibisco e obteve como resposta do administrador, Henrique de Santana, uma série de ofensas. Segundo as reclamações da jovem nas redes sociais, a pousada se recusou a fornecer água filtrada pedida pela família.
Vejam trecho da resposta do administrador da Pousada Canto do Hibisco
A VERSÃO DO ADMINISTRADOR DA POUSADA CANTO DO HIBISCO
O administrador Henrique de Santana admitiu, que estava de “cabeça quente” quando respondeu às reclamações da hóspede, revelando, que também registrou ocorrência na delegacia de Angra dos Reis contra a reclamação, que ele entendeu como falsa denúncia.
"Essa história já foi longe demais. Eu, que também sou negro e abomino o racismo, já constitui advogados para me defender. Tivemos que tirar os sites da pousada do ar, porque comecei a receber até ameaças de morte de internautas. Meu prejuízo já é gigantesco, com o cancelamento de reservas e até eventos, entre eles, dois casamentos", argumentou, revelando, que para evitar transtornos devolveu os R$ 40 que os hóspedes alegaram terem sido furtados de uma carteira, que estava guardada na suíte. "Em 19 anos de atividade, a pousada nunca teve problema semelhante", finalizou.
EMPRESÁRIOS DO SETOR FALAM EM CASO ISOLADO
Em plena temporada de verão, que chegou afetada negativamente pela crise financeira e pelo crescimento da violência na região de Angra dos Reis, outros empresários de pousadas nas ilhas da baía da Ilha Grande saíram em defesa do setor demostrando indignação com o tratamento relatado pelos hóspedes, que eles entenderam como caso isolado.
Preocupados com a repercussão do caso, que pode afastar turistas do paraíso na Costa Verde do Estado do Rio de Janeiro, alguns proprietários de pousadas estão oferecendo hospedagens gratuitas para a família, enquanto outros estão oferecendo hospedagens gratuitas e descontos para vítimas de racismo e discriminação.
“Em época de crise financeira, quando um empresário do setor cai no meio do salão, todos os outros chutam”, disse um empresário de pousada na região de Angra dos Reis, que foi consultado sobre o caso pelo Papagoiaba e pediu para não ser identificado.
FOTO/CAPA/divulgação
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