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Diretor da Santa Casa de Barra do Piraí informa que leitos de UTI são “retaguarda”
Apesar dos 10 leitos de UTI equipados com respiradores para tratamento da Covid-19 no terceiro piso da Santa Casa de Misericórdia, em Barra do Piraí, no Sul Fluminense, o prefeito Mário Esteves (PRB) afirmou, que está enviando pacientes para os leitos de UTI do Hospital Regional Zilda Arns, no bairro Roma, em Volta Redonda, porque é um direito do município ocupar esses leitos, que também recebem pacientes da Baixada Fluminense, Grande Rio e de algumas cidades do Sul Fluminense.
Em sua live no aplicativo Facebook o prefeito Mário Esteves informou, superficialmente, que somente quatro respiradores estão prontos para receber pacientes na Santa Casa de Misericórdia. Secretário de Saúde Juberto Júnior, prefeito Mário Esteves, médica Nadjanaira do Nascimento e diretor Ivan Borges - FOTO/reprodução
Familiares fizeram contato com o JBP Papagoiaba reclamando das complicações nas viagens para Volta Redonda e da ausência de boletins médicos informando o estado de saúde dos internados Hospital Regional Zilda Arns.
Em contato na manhã desta quarta-feira, 13, com o diretor da Santa Casa de Misericórdia, Ivan Borges, fizemos as seguintes perguntas:
Por que os infectados em Barra do Piraí estão sendo transferidos para UTIs do Hospital Regional em Volta Redonda?
Quantos profissionais são necessários na operação dos leitos de UTI da Santa Casa de Barra do Piraí?
Quantos profissionais da Santa Casa estão habilitados para atuarem nos leitos de UTI da Santa Casa?
Você poderia enumerar estes profissionais por funções?
Tipo: médico intensivista ou outras especialidades, XX, enfermeiros XX e etc... XX
Quantos profissionais estão no plantão de hoje nos leitos de UTI da Santa Casa de Barra do Piraí?
RESPOSTAS DO DIRETOR DA SANTA CASA
Vamos por parte (sic):
1- Conforme já dito anteriormente os leitos do terceiro andar são de retaguarda; ou seja, somente quando houver negativa dos hospitais de referência da rede estadual de regulação serão utilizados.
Estamos em guerra, por consequência, não podemos desperdiçar nenhuma vaga, vai que tenha um surto em nossa cidade: por isso as transferências para o regional vem atendendo ao protocolo.
2- São 10 leitos de UTI, sendo configurado por 05 técnicos de enfermagem, 01 enfermeiro, 01 fisioterapeuta, 01 médico intensivista e 01 profissional de higienização.
3- Toda a equipe que foi contratada temporariamente para o 3°andar passou por um processo de seleção junto a equipe técnica da Santa Casa e assim que foram contratados passaram por treinamento específico para manejo de pacientes com COVID-19.
4- A resposta dessa pergunta já contém na resposta 2.
5- Todo o efetivo está na unidade como ainda não temos pacientes na UTI do COVID-19 os profissionais estão dando suporte nos outros setores do hospital; mas a qualquer momento havendo necessidade eles sobem e operam a UTI do COVID-19.
OPINIÃO
O JBP Papagoiaba discorda sobre a condição de “retaguarda” atribuída aos leitos de UTI pelo diretor da Santa Casa de Misericórdia, Ivan Borges.
Se são leitos públicos como determinar o momento de “retaguarda”?
"Retaguarda" não seriam os leitos de UTI no Hospital Regional Zilda Arns, para onde seriam enviados os pacientes de Barra do Piraí se os leitos da Santa Casa de Misericórdia estivessem ocupados?
Será mesmo que um médico intensivista consegue atender pacientes em 10 leitos de UTI na Santa Casa de Misericórdia?
As respostas não foram convincentes deixando evidente que os pacientes de Barra do Piraí estão sendo transferidos para o Hospital Regional Zilda Arns, no bairro Roma, em Volta Redonda, por falta de operacionalidade nos leitos de UTI da Santa Casa de Misericórdia.
Contato de leitores com o JBP Papagoiaba
FOTO/CAPA/reprodução
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