Destaques | PAPAGOIABA
Polícia Federal prende preventivamente o governador Luiz Fernando Pezão
A Polícia Federal prendeu o governador Luiz Fernando Pezão na manhã desta quinta-feira, 29, no Palácio Laranjeiras, no Rio. Os agentes da PF deixaram o Palácio das Laranjeiras às 7h35. Pezão chegou à Superintendência da PF, na Praça Mauá, às 7h52.
A força-tarefa da Lava Jato no Rio conta com 150 policiais federais envolvidos no cumprimento de 39 mandados judiciais expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça nos Estados do Rio de Janeiro – para as cidades do Rio de Janeiro, Piraí, Barra do Piraí, Volta Redonda e Bom Jardim – e Minas Gerais, em Juiz de Fora, dos quais nove são mandados de prisão preventiva e 30 mandados de busca e apreensão.
Outro alvo é o atual secretário estadual de Obras do Rio, José Iran Peixoto. Há buscas e apreensão na casa de Hudson Braga, que foi secretário de Obras durante o governo de Sérgio Cabral.
Carlos Miranda detalhou o pagamento de mesada de R$ 150 mil para Pezão na época em que ele era vice do então governador Sérgio Cabral. Também houve pagamento de 13º de propina e ainda dois pagamentos de R$ 1 milhão como prêmio. A ação é mais uma etapa da Lava Jato no Rio de Janeiro. A Polícia Federal cumpre ainda mandados de busca e apreensão. Um deles na casa de Pezão em Piraí.
A ordem de prisão preventiva foi expedida pelo ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Com a prisão de Pezão, assume Francisco Dornelles, seu vice.
A lista de mandatos de prisão tem nove alvos:
Luiz Fernando Pezão – governador do Estado do Rio de Janeiro
José Iran Peixoto Júnior – secretário de Obras
Affonso Henriques Monnerat Alves Da Cruz – secretário de Governo
Luiz Carlos Vidal Barroso – servidor da secretaria da Casa Civil e Desenvolvimento Econômico
Marcelo Santos Amorim – sobrinho do governador
Cláudio Fernandes Vidal – sócio da J.R.O Pavimentação
Luiz Alberto Gomes Gonçalves – sócio da J.R.O Pavimentação
Luis Fernando Craveiro De Amorim – sócio da High Control Luis
César Augusto Craveiro De Amorim – sócio da High Control Luis
Raquel Dodge fala sobre as prisões
A procuradora Raquel Dodge afirmou que ficou "demonstrado ainda que, apesar de ter sido homem de confiança de Sérgio Cabral e assumido papel fundamental naquela organização criminosa, inclusive sucedendo-o na sua liderança, Luiz Fernando Pezão operou esquema de corrupção próprio, com seus próprios operadores financeiros”.
As conclusões se sustentam em informações decorrentes de uma colaboração premiada homologada no Supremo Tribunal Federal e documentos apreendidos na residência de um dos investigados na Operação Calicute. A partir daí foram realizadas diligências que permitiram aos investigadores complementarem as provas. Foram analisadas provas documentais como dados bancários, telefônicos e fiscais.
Na petição enviada ao STJ, a procuradora-geral explicou que a análise do material revelou que o governador Pezão e assessores integraram a operação da organização criminosa de Sérgio Cabral e que o atual governador sucedeu Cabral na liderança do esquema criminoso.
Segundo a procuradora, cabia a Pezão dar suporte político aos demais membros da organização que estão abaixo dele na estrutura do poder público. De acordo com Dodge, Pezão recebeu “valores vultosos, desviados dos cofres públicos e que foram objeto de posterior lavagem”.
FOTO/divulgação
-
Categoria
Destaques -
Cliques
1020 cliques
Inscrever-se
Denunciar
Meus comentários