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Agentes do Esquadrão Antibombas da Polícia Civil e do 5º BPM (Praça da Harmonia) atuaram, no início da tarde desta quarta-feira, 15, na evacuação do edifício-sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ), que fica na Avenida Marechal Câmara, 150, Centro do Rio de Janeiro, Capital.

A evacuação, que interrompeu uma solenidade para entrega da carteira de advogados aprovados no concurso da Ordem, foi motivada por uma carta encontrada em um dos banheiros do prédio avisando sobre a existência de bomba.

Segundo informações, a carta contém mensagem de insatisfação da extrema esquerda com ações da OAB-RJ.

Em um trecho da carta divulgado pelo O Dia, o autor escreveu: "O poder a todo custo tem seu preço. A OAB pagará preço caro por adotar essa política de manter em seus quadros a direita extremista misógina, homofóbica e racista. Esvaziem o prédio porque os efeitos serão impactantes. Muitos serão feridos ou perderão suas vidas”.

Em outro trecho da ameaça de bomba, o autor avisou: "Os efeitos serão catastróficos e esse ato dará início a uma série de atentados em diversos órgãos como forma de acabar com essa política idiota de exclusão, nepotismo, vantagens pessoais, anuidades caras, vaidade absurda, reacionarismo barato de uma burguesia hipócrita que se preocupa somente com a indicação pelo quinto constitucional".

ATENTADO EM 1980

No dia 27 de agosto de 1980, a secretária Lyda Monteiro de Carvalho, a Dona Lyda, morreu após abrir uma carta-bomba na antiga sede da OAB-RJ, que ficava no número 210 da Avenida Marechal Câmara.

Segundo as investigações, à época, a carta-bomba tinha sido endereçada ao advogado Eduardo Seabra Fagundes, então presidente da OAB nacional, cuja sede ficava no Rio.

A autoria do atentado terrorista ainda é desconhecida.

FOTO/divulgação - Evacuação da sede da OAB no Centro do Rio.