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Polícia Civil e Ministério Público do Estado deflagraram a sexta e sétima fases da “Open Doors”
Agentes da 90ª Delegacia de Polícia Civil e da Promotoria de Justiça de Investigação Penal, de Barra Mansa, no Sul Fluminense, em parceria com os Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) dos Estados do Paraná e de Goiás, deflagraram nesta terça-feira, 26, a sexta e a sétima fases da operação “Open Doors”, para prender integrantes de uma organização criminosa liderada por hackers.
Os denunciados acessavam, de forma virtual, os computadores de outras pessoas e subtraíam valores para contas de integrantes da quadrilha e de pessoas jurídicas que participavam do esquema, com o objetivo de “lavar” o dinheiro roubado. No total, estão sendo cumpridos 15 mandados de prisão e de busca e apreensão nos Estados do Rio de Janeiro, Paraná e Goiás.
De acordo com as denúncias, a quadrilha usava integrantes conhecidos como “ligadores” para entrar em contato com as pessoas lesadas identificando-se como representantes dos bancos e convencendo-as, sob a justificativa de atualizar a versão do internet banking instalado em seus computadores, a instalar um aplicativo espião, que passava a fornecer suas informações bancárias aos denunciados.
De posse dos dados, os criminosos passavam a efetuar retiradas de valores das referidas contas e, para conferir legalidade aos recursos, os depositavam em contas de pessoas físicas e jurídicas, que serviam como “laranjas” do esquema de lavagem do dinheiro.
A sexta fase da operação “Open Doors” cumpre mandados de prisão e de busca e apreensão contra a quadrilha liderada pelo hacker Dilson de Almeida Panisio, preso durante uma das etapas da “Open Doors’.
Dilson Panisio gerenciava as tarefas delegadas aos demais integrantes, comandando o esquema arquitetado para a distribuição dos valores obtidos entre os denunciados e as posteriores manobras de lavagem de dinheiro com o apoio de pessoas de sua íntima confiança.
O objetivo era ocultar a origem, a localização e a real propriedade dos valores subvertidos pela organização, utilizando-se, para isso, das contas correntes de pessoas que residiam nas cidades de Barra Mansa, Planaltina (GO) e Ponta Grossa (PR), assim como as contas da empresa FB Conveniência e Distribuidora, de propriedade de Felipe Brandon Freitas do Nascimento, também localizada em Ponta Grossa. O total aproximado de valores depositados nas contas dos “laranjas” foi de R$ 2.200.000,00.
Já a sétima fase da “Open Doors” visa prender os seis participantes da organização criminosa liderada pelo hacker Richard Lucas da Silva Miranda, que se utilizava das mesmas práticas para subverter valores de maneira ilegal de contas bancárias de terceiros.
Neste caso, os integrantes da quadrilha residiam nas cidades de Volta Redonda, Niterói e São Gonçalo e, sob as orientações de Richard, também cediam suas contas bancárias para o recebimento dos valores furtados, com o intuito de conferir aparente legalidade aos recursos subtraídos das contas bancárias das pessoas lesadas pelo grupo.
Entre os denunciados, estão José Pedro da Costa Neto e Marcelo Luiz Ferreira Nascimento, sócios da SVT Car Place Comércio de Veículos, com sede em Niterói, que forneciam a conta da empresa para “lavar” parte do dinheiro dos crimes.
O total aproximado de valores subvertidos pela quadrilha foi de R$ 1.600.000,00.
As denúncias foram aceitas pela 2ª Vara Criminal de Barra Mansa.
HISTÓRICO DA “OPEN DOORS”
A quinta-fase operação “Open Doors” foi deflagrada em setembro, simultaneamente nos estados do Rio de Janeiro, Paraná, Goiás, Minas Gerais e São Paulo.
Na fase anterior, deflagrada em agosto, foi preso o empresário Laci Mendonça, dono da rede de Joalheria Mendonça, que é apontado como um dos responsáveis pela lavagem de dinheiro da organização criminosa.
A operação iniciada com a prisão de um hacker em 2017, já prendeu dezenas de suspeitos na região e no país, dentre eles Rick Ribeiro, cantor sertanejo morador de Ponta Grossa, no Paraná, que utilizava o dinheiro das fraudes para financiar seus próprios clipes.
O empresário de Barra do Piraí, Gláucio Lopes de Araújo, o “Gatão”, acusado de fazer parte do grupo, foi preso na primeira fase da operação. https://www.papagoiaba.com/destaques/dono-de-joalheria-e-preso-na-terceira-fase-da-operacao-open-door
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