Opinião | Papagoiaba

Com apoio de parte da mídia o governador João Dória, de São Paulo, deu prosseguimento à campanha presidencial para 2022, atropelando, literalmente, o processo legal de aprovação emergencial da vacina CoronaVac definido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Dando de ombros para a decisão da Anvisa, que ainda não publicou em sua página na internet, o extrato de deliberações da diretoria, com confirmação no Diário Oficial da União, que deve publicar edição extraordinária com o resultado da votação neste domingo, Dória vacinou a enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, moradora de Itaquera, com perfil de alto risco para complicações da covid-19. Mônica é obesa, hipertensa e diabética.

O uso emergencial só pode ser liberado após a publicação oficial e assim que houver comunicação formal aos laboratórios. No caso da CoronaVac, a relatora do caso pediu a assinatura de um termo de compromisso, que também precisa ser publicado em Diário Oficial.

Muito provavelmente nenhum tipo de punição será pedida pelos órgãos fiscalizadores dada a força do governador do estado mais rico e poderoso do Brasil.

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