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O patrulhamento ideológico, o politicamente correto e o revisionismo histórico boçal no Brasil
O Brasil experimenta, desde o início da pandemia do novo coronavírus, em março de 2020, uma espécie de patrulhamento ideológico, que justificado pelo medo da doença ataca a livre manifestação do pensamento numa clara tentativa de homogeneizar os indivíduos.
Este patrulhamento ideológico, implantado pela onda brasileira do politicamente correto, que carece de espírito de autocrítica, quando, como exemplo, tipifica crimes nas críticas veladas ao sistema eleitoral e membros do Supremo Tribunal Federal (STF), omite, inadvertidamente, que a aceleração da covid-19 no Brasil se deu quinze dias após as eleições, quando cerca de 100 milhões de eleitores passaram pelas urnas eletrônicas instaladas nos 5.570 municípios brasileiros.
Para melhor entendimento, no dia 15 de novembro, das 7h às 17h, cerca de 50 mil eleitores foram às urnas instaladas em ambientes fechados nos 33 locais de votação do município de Barra do Piraí, no Sul Fluminense, nossa base de atuação. Isso quer dizer que 190 eleitores passaram por hora em cada um dos 33 locais de votação em Barra do Piraí.
Seguindo o pensamento ‘uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade’, de Joseph Goebbels, ministro da propaganda nazista de Adolf Hitler, parte dos grandes veículos de mídia, com apoio de especialistas dependentes da visibilidade, omite, vergonhosamente, que as mortes por covid-19 no Brasil aumentaram 64,45% de novembro para dezembro.
Enquanto novembro registrou 13.263 óbitos pela doença, em dezembro esse número foi de 21.811. No dia 30 de novembro eram 173.165 mortes, no dia 31 de dezembro, 194.976 mortes.
Essa verdadeira progressão geométrica do coronavírus, que tem como principal causa a aglomeração nacional do dia 15 de novembro, é atribuída pelos editores e especialistas dependentes da visibilidade, à frequência de praias, de festas familiares e também de festas clandestinas realizadas em comunidades onde milhões de residências não possuem cômodos ou espaços suficientes para a implantação de qualquer tipo de isolamento social.
Para os capatazes do patrulhamento ideológico, revelar, que o agravamento no quadro da pandemia foi provocado pela aglomeração nacional do dia 15 de novembro, tem potencial para aborrecer o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luis Roberto Barroso, que está perto de mandar prender quem “pensa” no voto impresso como forma de aumentar a transparência da urna eletrônica fortalecendo o sistema eleitoral brasileiro. Segundo Barroso, quem critica o sistema eleitoral é ‘negacionista’. Possivelmente, o mesmo rótulo será atribuído pelo ministro às pessoas que ousarem responsabilizar as eleições municipais pelo aumento de casos e de óbitos por covid-19 no Brasil.
E assim prosseguimos com este revisionismo histórico boçal, inibindo a evolução intelectual, anulando o espírito crítico, gerando um comportamento de rebanho e matando o que diferencia os seres humanos dos demais, a razão.
FOTO/CAPA/reprodução
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