Trocando em Miúdos

Cidadãos e cidadãs de Barra do Piraí, no Sul Fluminense, farão protesto na praça de pedágio da Rodovia Lúcio Meira (BR-393), distrito de Dorândia, na manhã deste sábado, 14, para demonstrar indignação com a dissonância entre o zelo da Justiça Brasileira com os direitos da concessionária e o desprezo da Justiça Brasileira com as obrigações contratuais da concessionária, que desde 2007, quando foi privatizada, não realizou as obras exigidas e acordadas, maquiando a rodovia de uma maneira tão ineficaz, que sequer conseguiu evitar as mortes seguidas de mortes em acidentes na “curva do aterrado”, no km-274 da rodovia.

É errado informar, que o protesto será realizado pelos moradores de Vargem Alegre, São José do Turvo, Califórnia e Dorândia contra o fim da isenção na praça de pedágio para quem reside nos referidos distritos.

O protesto é do povo de Barra do Piraí, que tem seu território cortado ao meio, absurdamente, com cobrança de pedágio.

Na decisão, o desembargador José Antônio Lisboa Neiva argumentou, que a Estrada Governador Raimundo Padilha serve de ligação entre a sede do município e os distritos de Vargem Alegre, Dorândia, São José do Turvo e Califórnia da Barra.

Segundo o representante do TRF-2, a estrada, que passava pela antiga Thyssen Fundições, está intransitável para veículos por culpa da administração municipal e não da concessionária K-Infra - Rodovia do Aço.

“Por que o desembargador não citou a estrada da Fazenda Vargem Alegre, que foi fechada pela concessionária na privatização em 2007?”, indagou uma moradora de Vargem Alegre, indignada com a força da concessionária na Justiça Brasileira.

Alegam e é verdade que a prefeitura de Barra do Piraí perdeu o prazo para recorrer sobre a decisão, que transitou em julgado não cabendo mais recursos.

Mas, e as exigências contratuais da concessionária, também “transitaram em julgado” ou foram esquecidas em alguma gaveta empoeirada da Justiça Brasileira?