Afinal, quem quer ser estável?

São 23h54 e já estressei com a máquina de costura que resolveu gritar para finalizar uma encomenda; já gritei com meu filho para largar o computador e ir deitar; tropecei no gato e percebi que fiz 10% do que programei, mas, já me conformei que não ou dormir cedo mais uma vez.
O dia foi quente como em Bangu.
Aqui em São Fidélis, terra da poesia e de Papagoiaba também, o calor denota um sol para cada pessoa, e eu que tenho alma nórdica sinto uma depressão de veraneio a cada ano.
Eu sobrevivo no verão, o sol azul sem nuvens de ‘Sant Fields’ me enlouquece pontualmente. A beira de uma prensa com 200 graus eu quase converso com o ‘capiroto’, mas nem ele quer assunto.
Para quem um dia leu “Pedagogia no limite” no jornal O Tasquim, do mesmo Jeff, não se espante com tanto “eu” e tanta ausência de termos técnicos. Esse ano faço 40; as prioridades mudaram tanto nesses anos que passaram.
Eu vou fazer 40! Caramba! Ainda bebo Nescau, não comprei casa na praia, a parcela do carro vai bem, a estabilidade é uma risadinha debochada.
Ah brinquei muito hoje de “Diz que é cria... de Barra... de Sant Fields... de Vassouras e de Taubaté...
Eu mudei bastante e esperem desse espaço acidez, sinceridade, humor e a instabilidade de sempre!
Afinal, quem quer ser estável?
Descompromissada e ao mesmo tempo compromissada com o assunto do dia, hora ou minuto em meu surto criativo.
Nos últimos tempos eu tenho pensado e vivido com alguns objetivos, dentre eles não pensar em anseios que não são meus, nos sonhos que nunca sonhei, e nas expectativas que nunca criei.
Com minha filha mais velha partindo para outra cidade indo cursar a faculdade eu tomei um tombo encarando o tempo que ruge sem dó!
Joelho ralado e firme na missão sigo, tenho mais três para encaminhar ou ser encaminhado por eles?
Matheus ainda me manda andar na calçada.
Mulheres desse século são imprevisíveis.
Fui ali desligar meu bife à rolê acreditando que ele vai durar até o almoço de amanhã.
Cruzem os dedos por mim!
Até mais!