Opinião | Papagoiaba
Para “especialistas", praias e festas familiares serão as grandes vilãs da pandemia no verão
Uma espécie de amnésia seletiva desconsidera o evidente aumento da contaminação provocado pelas eleições municipais
Nesta segunda-feira, 21, às 7h02, o Hemisfério Sul estará com o seu polo no ponto mais próximo do Sol, o chamado Solstício de Verão, iniciando estação do ano com dias mais quentes e longos.
Neste momento difícil, onde interesses econômicos conflitantes produzem pérolas “científicas” como posicionar as praias, indiscutivelmente, maiores atrações turísticas do país, em um patamar de contaminação acima dos ambientes fechados como shoppings, supermercados e veículos do transporte urbano, os empresários da indústria de hotelaria, um dos setores mais afetados com a pandemia do novo coronavírus, estão prevendo mais demissões e falências com a adoção de medidas restritivas, muitas das vezes, impostas por teses científicas não comprovadas, que baseiam decisões tomadas em gabinetes insuflados pelos interesses da grande mídia em relacionar o agravamento dos casos ao posicionamento do Ministério da Saúde.
O aumento significativo dos casos de covid-19 no país, que começou a ser registrado em exatos 15 dias após a realização das eleições municipais, quando cerca de 100 milhões de eleitores compareceram aos locais de votação nos 5.570 municípios brasileiros, provocou, nos “especialistas” tratados pela grande mídia como “cientistas”, uma espécie de amnésia seletiva, que desconsidera o evidente aumento da contaminação provocado pelas eleições municipais, elegendo, agora, praias e festas familiares no período de natal e ano novo como as novas vilãs da pandemia.
Ainda não há como prever, com certeza, qual será o comportamento da pandemia nas próximas semanas ou meses, quando vários países do mundo, incluindo o Brasil, iniciarão suas campanhas de imunização contra o novo coronavírus. Porém, a realidade é que grande parte do povo assustado com a disputa comercial desenfreada entre os laboratórios farmacêuticos, que possuem “garotos-propaganda” nos gabinetes de governadores e prefeitos, não acredita mais nas “recomendações” que violam direitos básicos garantidos na Constituição Federal de 1988.
Em Búzios, no litoral fluminense da região dos Lagos, a população foi protestar na porta do Fórum contra o lockdown determinado pelo juiz da comarca. Prefeitos não reeleitos também decretaram medidas restritivas absurdas como proibir a entrada pessoas de outros municípios, ainda que elas percam seus empregos por faltas não abonadas pelo poder público. Existem, ainda, os prefeitos reeleitos que posicionaram barreiras nas entradas da cidade somente para cumprirem protocolos firmados com promotores públicos, já que após as barreiras, onde são feitas medições de temperaturas com a entrega de panfletos explicativos sobre os cuidados em tempos de pandemia, não se vê qualquer tipo de fiscalização ao cumprimento das medidas decretadas.
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