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As seguidas interrupções registradas no abastecimento de água nas residências em todas as localidades, figuram hoje entre as principais reclamações dos consumidores nas redes sociais e também nas sedes da Prefeitura e Secretaria de Água e Esgoto.

No centro das reclamações e afirmando ser impossível manter um padrão minimamente razoável no abastecimento de água, o secretário de Água e Esgoto, Wanderson Luís Barbosa Lemos, com apoio do prefeito Mário Esteves (PRB), responsabiliza antigas administrações pelos rompimentos nas tubulações e adutoras, pelas bombas elétricas queimadas e até pelos difíceis trâmites nas compras de peças de reposição. O secretário Wanderson Luís e prefeito Mário Esteves afirmam, que somente a privatização do setor proporcionará aos habitantes de Barra do Piraí um sistema moderno de captação, tratamento e abastecimento de água.

Na opinião do secretário Wanderson Luís, décadas sem investimentos tornaram o sistema de água de Barra do Piraí completamente obsoleto. Afirmação, que não é verdadeira, já que em 2012 o ex-prefeito José Luiz Anchite (PP), em parceria com a Companhia Estadual de Água e Esgoto (Cedae-RJ), iniciou a construção da Estação de Tratamento de Água do Campo Bom, que foi chamada, politicamente, como ETA Mãe. A promessa era de que a ETA Mãe substituiria todas as outras estações de tratamento quando entrasse em funcionamento.

Na ETA Mãe, foram gastos pela Cedae-RJ, cerca de R$ 20 milhões em tubulações enterradas sem quaisquer ligações ou finalidades; em tanques e reservatórios abandonados, em canteiros de obras saqueados, em empreiteiros falidos, enfim, como a parceria da Secretaria Municipal de Água e Esgoto com a Cedae-RJ foi mantida pelos atuais governantes, fica sem sentido qualquer discurso sobre ações do passado, que permanecem sem explicações.

O processo de privatização da água foi iniciado com a publicação do chamamento público 001/2017 no Boletim Eletrônico 989, de 13 agosto deste ano.

FOTO/CAPA/arquivo - Estação Nelson Carneiro