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Procurador de Justiça Demóstenes Torres quer anular no Supremo sua cassação em 2012 no Senado Federal
O procurador de justiça Demóstenes Torres, que retornou ao Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) após ser cassado como senador em 2012 por causa de uma acusação de envolvimento com o crime organizado, protocolou na quinta-feira, 01, no Supremo Tribunal Federal, um pedido de anulação de seu processo de cassação no Senado Federal.
Flagrado em conversas telefônicas com o criminoso Carlos Augusto Ramos, conhecido bicheiro Carlinhos Cachoeira, o atual procurador do Ministério Público de Goiás teve seu processo arquivado em 2016 pelo Supremo Tribunal Federal, que enxergou ilegalidade nas gravações realizadas pela Polícia Federal com autorização da Justiça.
Na denúncia do próprio Ministério Público de Goiás, que foi instaurada em junho de 2013, Demóstenes Torres respondia pelos crimes de corrupção passiva e advocacia privilegiada investigados entre 2008 e 2012 nas Operações Vegas e Monte Carlo, que foram deflagradas pela Polícia Federal.
Na época, procuradores do Ministério Público de Goiás, concluíram, que o então senador Demóstenes Torres teria recebido propina no valor de R$ 1,52 milhão e também outras vantagens como viagens, bebidas caras e eletrodomésticos de luxo para facilitar o esquema de exploração de jogos ilegais e corrupção em Goiás e no Distrito Federal, onde atuava a quadrilha comandada pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira.
As escutas realizadas pela Polícia Federal, apontavam, que Demóstenes Torres, além de interferir em processo judicial contra o criminoso Carlinhos Cachoeira liderava o lobby para regularização dos jogos de azar no Congresso Nacional.
Se o Supremo Tribunal Federal anular a cassação no Senado, o procurador do Ministério Público de Goiás poderá concorrer nas eleições deste ano.
Para o advogado Pedro Paulo Medeiros, que atua na defesa de Demóstenes Torres, se a cassação do senador teve como base as escutas telefônicas colhidas nas operações Monte Carlo e Vegas, não há o que se discutir, já que as mesmas escutas foram consideradas ilegais no Supremo Tribunal Federal.
Em novembro de 2017 o procurador de justiça Demóstenes Torres recebeu R$ 218.547,17 de salário. Sua remuneração mensal gira em torno de R$ 30 mil, porém, o valor extra é correspondente à remuneração natalina e “abono de permanência”, que é a soma de todas as contribuições previdenciárias feitas desde agosto de 2014, época em que ele já poderia ter solicitado sua aposentadoria.
Para conseguir receber os valores, Demóstenes acionou a justiça em outubro do ano passado.
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