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O presidente da Câmara de Vereadores de Japeri, Wesley George de Oliveira, o Miga (PP), de 38 anos, se entregou na manhã desta segunda-feira, 30, na Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro.

Transferido para a Cadeia de Benfica, Miga não foi encontrado pela Operação Sênones, na sexta-feira, 27, quando o prefeito Carlos Moraes Costa, de 73 anos, e o vereador Claudio José da Silva, o Cacau, de 48 anos, foram presos pelos agentes da Polícia Civil e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, que cumpriram 41 mandados de prisão decretados pela Justiça por suspeita de crime de associação ao tráfico de drogas.

A assessora Jenifer Aparecida Kaiser Matos também foi presa como suspeita de atuar como elo de ligação entre a Prefeitura, Câmara de Vereadores e a facção criminosa de Breno da Silva de Souza, o BR, chefe do tráfico no Complexo do Guandu, que foi preso há uma semana.

Além de controlar o tráfico de drogas na região, o grupo é acusado de homicídios, roubos, extorsões e exploração irregular de um areal no Rio Guandu.

Nas escutas telefônicas autorizadas pela Justiça os investigadores apontaram a existência de um grupo de políticos de Japeri, que colocavam seus mandatos a serviço dos interesses da organização criminosa em troca de benefícios pessoais e a possibilidade da estruturação de um projeto político que os perpetuassem no poder. Os investigadores descobriram que traficantes de uma comunidade local indicaram empresas para construir duas creches com verbas públicas.

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