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Oito mortos neste sábado na Rocinha. Ação, reação ou retaliação?
Quarta-feira, 21, o policial militar Felipe Mesquita e o morador Antônio da Silva, o Marechal, foram mortos em conflito armado na Rocinha, na Zona Sul do Rio.
Manhã de hoje, sábado, 24, oito moradores foram mortos, segundo relatos dos policiais militares do Batalhão de Choque, que faziam patrulhamento na Rocinha, em conflito armado iniciado após ataques dos traficantes.
Por outro lado, parentes de pelo menos uma vítima, garantem, que ela não tinha envolvimento com as facções criminosas que disputam o poder na maior favela carioca.
As mortes aconteceram por volta das 5h30 nas localidades chamadas de Rua 2 e Roupa Suja.
Revoltados com a morte de Matheus da Silva Duarte de Oliveira, de 19 anos, a mãe e o pai da vítima disseram que o jovem não tinha ligação com criminosos e que foi atingido pelas costas na saída do baile funk da Roupa Suja.
Matheus da Silva Duarte de Oliveira, de 19 anos,
Segundo dados do Comando da Polícia Militar, são 59 mortes em 6 meses de ocupação na Rocinha. 55 vítimas suspeitas de ligação com o crime organizado, dois policiais, uma turista espanhola e um morador.
Para completar o quadro caótico na comunidade, várias localidades, incluindo a chamada Roupa Suja, estão sem energia elétrica porque funcionários da Light S/A temem os conflitos armados.
Os policiais militares do Batalhão de Choque que participaram da ação encerraram seus depoimentos na Delegacia de Polícia de Homicídios por volta das 17h30.
O delegado de Polícia Civil responsável pelo caso, informou, que entre os 8 mortos, 4 tinham passagens pela polícia, 3 não tinham quaisquer registros e um ainda não foi identificado.
A intervenção federal na área de segurança pública do estado do Rio de Janeiro, decretada no dia 16 de fevereiro, enfrenta mais mortes que poderão colocar em xeque o comando do próprio inventor, General Exército Walter Souza Braga Netto, do Comando Militar do Leste, que previu mais inteligência e menos confrontos armados nas comunidades cariocas dominadas pelas facções criminosas.
Ação, reação ou retaliação? – é a pergunta que a Polícia Civil terá de responder.
FOTO/CAPA/divulgação - Fuzil apreendido pelos policiais militares do Batalhão de Choque no confronto de hoje na Rocinha. Foram apreendidas mais 6 pitolas e duas granadas.
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