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A polêmica envolvendo ensino religioso e cultura africana na educação básica da Escola do Sesi, em Volta Redonda, ultrapassou os limites municipais obrigando a direção da escola a explicar em nota oficial as mudanças de postura na adoção do livro paradidático Omo-Oba – Histórias de Princesas, da escritora Kiusam de Oliveira pela editora Mazza.

Assim que o livro Omo-Oba foi adotado pela Escola do Sesi, um grupo de pais pediram que a decisão fosse revista devido ao caráter religioso do tema.

Atendendo as reivindicações a gerência da educação básica decidiu dividir as crianças em grupos adotando títulos opcionais de livro paradidático.

Foi então que o tema ganhou as redes sociais através de uma mãe de aluno, que tratou os títulos opcionais e a divisão das crianças em grupos na Escola do Sesi como preconceito afro-religioso.

Diante da repercussão do caso a gerência da educação básica cancelou a adoção de títulos opcionais mantendo o título da escritora Kiusam de Oliveira como livro paradidático da escola.

O livro Omo-Oba – Histórias de Princesas conta as histórias infantis de Oiá, Oxum, Iemanjá, Olocum, Ajê Xalugá e Oduduá segundo a tradição Ketu.

Escritora Kiusam de Oliveira - FOTO/divulgação

Apesar do tema religioso a autora Kiusam de Oliveira revela que o livro sobre princesas negras desmistifica a tradição de beleza.

Leiam a nota oficial do Sesi de Volta Redonda.

LEIAM A NOTA OFICIAL DO SESI

O Sesi já entrou em contato com a mãe que se sentiu ofendida com a promessa de um livro opcional para se desculpar e esclarecer o ocorrido. Além disso, a escola fez uma reunião com pais e responsáveis para também abordar o tema. Para que equívocos como o ocorrido não se repitam, o Sesi irá realizar uma reciclagem com toda a sua equipe pedagógica. A Escola Sesi de Volta Redonda também promoverá, em breve, um encontro para debater com a comunidade escolar a diversidade e o multiculturalismo.

FOTO DE CAPA - ilustração do livro Omo-Oba – Histórias de Princesas