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MPRJ e Polícia Civil realizam operação contra milícia em Nova Iguaçu
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) realizam, nesta quinta-feira, 27, operação para cumprir 32 mandados de prisão preventiva e 71 de busca e apreensão contra uma organização criminosa que atuava como milícia em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
As investigações foram iniciadas em agosto do ano passado, a partir de um duplo homicídio ocorrido em Austin, Nova Iguaçu. Ao longo da apuração diversas diligências foram realizadas, como apreensões, prisões e oitivas de testemunhas que propiciaram a descoberta de vários indícios da prática do crime de organização criminosa.
A denúncia oferecida à Justiça relata que a organização é responsável pela prática de crimes como homicídios, roubos, extorsões, estelionatos, dentre outros, com o objetivo de obter vantagens financeiras, domínio do território e imposição de força, com exigências como pagamento de "taxa de segurança" para moradores, comerciantes e empresários, bem como pagamento de quantias por mototaxistas, para que estes pudessem circular livremente e, ainda, monopolizando o fornecimento de água e cesta básica, além de impor serviço clandestino de TV a cabo e internet.
A denúncia contra a quadrilha aponta como lideranças do grupo Vladimir Guimarães Ferreira, o ex-policial militar Luiz Fernando Cardoso de Loiola, vulgo Nandinho, e Luiz Carlos Pereira dos Santos Cruz, vulgo Nem Corolla.
Também ficou comprovado que a organização criminosa realizava o pagamento de propina a policiais militares lotados no DPO de Austin, regularmente, para que esses deixassem de repreender as ações delituosas do grupo.
A investigação apurou que dentre os agentes que recebiam tal propina estão os policiais militares agora denunciados Julio Cesar de Oliveira Silva e Eduardo Oliveira dos Santos, vulgo Dudu. Os dois também foram denunciados por organização criminosa e corrupção passiva.
A investigação também apontou indícios de uma aliança entre a organização criminosa e uma facção do tráfico de drogas, formando uma narcomilícia.
As denúncias contra os milicianos e PMs foram recebidas e os mandados expedidos pela 1ª Vara Especializada de Crime Organizado e pela Auditoria Militar do Tribunal de Justiça.
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