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Ex-procurador-geral de Justiça é acusado de receber propinas entre 2009 e 2012 para proteger Sérgio Cabral nas investigações do Ministério Público do Estado
O ex-procurador-geral de Justiça, Cláudio Lopes, que hoje faz parte do Conselho Superior do Ministério Público, órgão que fiscaliza a atuação e zela pelos princípios da instituição no estado do Rio, foi citado na delação de Carlos Miranda, operador financeiro do ex-governador Sérgio Cabral, como suposto recebedor de propinas do esquema criminoso investigado no governo fluminense.
Atuando como chefe do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro entre 2009 e 2012, o procurador de Justiça Cláudio Lopes foi acusado por Carlos Miranda, de receber R$ 300 mil do ex-governador Sérgio Cabral durante sua campanha para o cargo de procurador-geral.
Delator Carlos Miranda - FOTO/reprodução
No anexo 18 da delação premiada assinada pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, Carlos Miranda, revelou, também, que o então secretário de governo Wilson Carlos foi quem entregou a propina ao procurador Carlos Lopes, que, ainda segundo o delator, prosseguiu recebendo propina mensal de R$ 150 mil para proteger o governador Sérgio Cabral nas investigações do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.
O envolvimento de Carlos Lopes no esquema foi confirmado pelo ex-governador Sérgio Cabral, preso no complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio.
O procurador de Justiça Cláudio Lopes também foi citado na delação de César Romero, ex-subsecretário de saúde da gestão Cabral. Segundo Romero o procurador de Justiça o alertou sobre uma operação de busca e apreensão na sua residência.
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, esclareceu, que as investigações estão sob sigilo e que, pela lei, a análise do possível afastamento de Cláudio Lopes só é cabível após a conclusão das investigações e a instauração de um processo criminal.
A defesa do procurador Cláudio Lopes, frisou, que a delação é mentirosa e que não se pode dar credibilidade às acusações sem quaisquer comprovações.
FOTO/CAPA/reprodução - Governador Sérgio Cabral e presidente da Alerj, Jorge Picciani, na posse de Carlos Lopes como procurador-geral de Justiça do Estado do Rio de Janeiro
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