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Empresa alvo da operação ‘Sine Die’ ofereceu vacinas para as Prefeituras de Barra do Piraí e Duque de Caxias
Agentes da Delegacia de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (DCC-LD) do Rio de Janeiro, com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE-RJ), da Polícia Civil de Pernambuco e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), deflagraram, nas primeiras horas desta quinta-feira, 22, a operação ‘Sine Die’ contra representantes da Montserrat Consultoria, que ofereceram para 20 prefeituras em todo o Brasil, um lote de meio bilhão de doses da vacina AstraZeneca/Oxford pelo valor de US$ 7,90 (R$ 44) por unidade. Os imunizantes seriam fornecidos pela Ecosafe Solutions, com sede na Pensilvânia, nos EUA.
Oito mandados de busca e apreensão expedidos pelo juiz Bruno Monteiro Ruliere, da 1ª Vara Criminal Especializada do Rio de Janeiro, foram cumpridos em Recife, Pernambuco, onde residem os representantes da Montserrat Consultoria.
Segundo as investigações, a empresa alvo da operação tentou vender doses do imunizante em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e em Barra do Piraí, no Sul Fluminense. Segundo as ofertas da empresa, as cidades deveriam realizar os pagamentos antecipados por meio de "Swift" (remessa internacional) ou carta de crédito no momento da suposta postagem das doses em Londres, na Inglaterra.
De acordo com o delegado Thales Nogueira, titular da DCC-LD/Rio, a investigação começou por meio do compartilhamento de informações entre setores da inteligência da unidade policial, da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) e da PRF. Os agentes verificaram que a empresa norte-americana Ecosafe Solutions, além de ser recém criada, utiliza como endereço um escritório de co-worker e, ainda, oculta os dados de registro de seu site.
"Com autorização judicial da 1ª Vara Especializada da Comarca da Capital, a Polícia do Rio realizou a gravação de uma reunião em que os sócios da empresa oferecem as doses para a prefeitura de Barra do Piraí e utilizam como exemplo o município de Porto Velho, em que já houve o pagamento e atraso na entrega das doses prometidas", informou o delegado.
Os envolvidos responderão pelos crimes de organização criminosa e de estelionato contra a administração pública.
Em nota, o laboratório AstraZeneca informou que todas as doses em produção são destinadas a consórcios internacionais como o Covax Facility e contratos com países e não há doses remanescentes para serem comercializadas com estados, municípios ou entidades privadas.
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