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Corpo de Juíza morta pelo ex-marido será cremado no Rio de Janeiro
O corpo da juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, de 45 anos, será cremado neste sábado, 26, às 10h30, em cerimônia no Crematório e Cemitério da Penitência, no bairro do Caju, zona portuária do Rio de Janeiro, Capital.
A juíza do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) foi assassinada nesta quinta-feira, 24, véspera do Dia de Natal, pelo ex-marido, engenheiro civil Paulo José Arronenzi, de 52 anos, preso em flagrante e com prisão preventiva decretada pela juíza Monique Brandão, na audiência de custódia.
FOTO/reprodução - Engenheiro civil Paulo José Arronenzi
Paulo José foi transferido nesta sexta-feira, 25, da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) para a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte. A defesa do engenheiro alegou que ele faz uso de remédios controlados, além de participar de sessões de terapia.
A magistrada foi esfaqueada no momento em que entregaria as três filhas que tinha com Arronenzi para passar o Natal com ele. Ela chegou a pedir medida protetiva contra o ex-marido, mas depois retirou o pedido. A escolta era feita pela segurança do Tribunal de Justiça.
Em nota, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luiz Fux, lamentou a violência contra a juíza, morta na presença das filhas e impossibilitada de reação.
Já o presidente da Associação dos Magistrados do Estado do Rio (Amaerj), Felipe Gonçalves, repudiou o crime em nome da entidade e no dele, na condição de colega, magistrado e dirigente de associação de classe. “A Amaerj está à disposição da família, com quem já estamos em contato. A doutora Viviane Amaral não será esquecida", disse Gonçalves.
Ele informou ter conversado com o secretário de Polícia Civil do Estado do Rio, Alan Turnowski, e com o delegado Pedro Casaes, que esteve no local do crime. "Posso afiançar: esse crime não ficará impune. O feminicídio tem o repúdio veemente da sociedade brasileira. O Brasil precisa avançar. O que ocorreu nesta quinta-feira na Barra da Tijuca é absolutamente inaceitável”, afirmou.
Viviane Vieira do Amaral Arronenzi integrava a magistratura do estado do Rio de Janeiro há 15 anos. Atualmente, trabalhava na 24ª Vara Cível da Capital. Antes, atuou na 16ª Vara de Fazenda Pública, no Fórum Central do Rio.
FOTO/CAPA/reprodução - Juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi.
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