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O Sul, Médio Paraíba e Centro-Sul do estado do Rio estão preocupados com as medidas protecionistas do presidente dos EUA, Donald Trump, que afetarão gravemente o setor de siderurgia, grande gerador de postos de trabalho nas cidades das citadas regiões.

A elevação das taxas de importação norte-americanas em 25% para aço e em 10% para alumínio foi anunciada no momento em que o grupo da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) traçava metas para reduzir o peso de uma dívida total de R$ 29 bilhões.

Com cerca de R$ 4 bilhões em caixa a CSN anunciou em fevereiro, que no bojo das medidas traçadas para 2018 está a venda de ativos como a participação acionária na Usiminas, empresa concorrente. Além disso, analistas também enxergam a LLC, com sede nos EUA, como moeda no projeto de recuperação da empresa.

Também no início deste ano a CSN negociou adiamento das parcelas das dívidas com o Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, que totalizam R$ 16 bilhões.

Há pouco mais de dois anos a siderúrgica admitiu a hipótese de alienar um pacote de ativos onde estavam incluídas participações em duas hidrelétricas e na MRS Logística, a Sepetiba Tecon e a fabricante de latas Metalic, única vendida pelo valor de R$ 330 milhões.

No grave quadro nacional no setor de siderurgia projetado após as medidas protecionistas de Donald Trump, a CSN é uma das empresas que sofrerá grandes perdas.

A situação é tão complicada, que a LLC, empresa do grupo CSN instalada nos EUA no setor de laminação - sem transformar ferro gusa em aço - terá que pagar mais caro pelo aço que a Usina Presidente Getúlio Vargas produz em Volta Redonda.

O Ministério da Indústria e Comércio Exterior (MDIC) informou que o Brasil entrará com recursos nos Estados Unidos contra a decisão do governo norte-americano de sobretaxar o aço e o alumínio importados.

As medidas protecionistas de Trump passam a valer a partir do próximo dia 23 de março.

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