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A Promotoria de Justiça de Itatiaia, no Sul Fluminense, conseguiu reverter resultado de sessão plenária anterior e obteve, no Tribunal do Júri, a condenação de Anderson Alves de Moura pelo crime de tentativa de homicídio qualificado. O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) demonstrou que Anderson de Moura, à época guarda municipal, efetuou disparos contra a vítima pensando que se tratava de uma outra pessoa. Ele foi sentenciado a 10 anos e 6 meses de prisão.

O crime foi praticado no dia 29 de abril de 2004, em Itatiaia. Em 2015, o réu havia sido absolvido em sessão plenária, posteriormente anulada a partir de recurso do MPRJ, em razão de ilegalidades. Com isso, foi submetido a novo julgamento e reconhecida sua responsabilidade pelo crime.  "A vítima, que desde o fato está paraplégica, compareceu à sessão já desacreditada da justiça, depois de mais de 20 anos de espera, mas o Ministério Público conseguiu reverter o resultado e garantir a condenação do acusado", destacou a promotora de Justiça Maria Gabrielle Dias, responsável pela acusação no Plenário do Júri, com auxílio do promotor Matheus Rezende.

Os promotores também sustentaram perante o Júri a qualificadora de o disparo ter sido efetuado pelas costas da vítima, o que impossibilitou qualquer chance de defesa. E ter sido cometido por motivo de vingança.

Ao definir a pena, o Juízo ressaltou que o denunciado, como guarda municipal, deveria zelar pelo cumprimento das leis, não lhe cabendo fazer justiça pelas próprias mãos como forma de vingança. A denúncia descreve que Anderson tinha a intenção de matar um outro homem, que teria feito disparos contra sua casa.

FOTO/CAPA/reprodução