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Em 20 anos, 43 políticos foram executados nos municípios do estado do Rio de Janeiro
Segundo levantamento do jornal O Globo, quarenta e três políticos foram executados nos últimos 20 anos em municípios do estado do Rio de Janeiro.
FOTO/CAPA/reprodução
Na cidade do Rio de Janeiro, com população de 6,7 milhões, houve sete execuções, sendo o ataque mais emblemático, contra a vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes, em março de 2018.
Em Magé, na Baixada Fluminense, foi registrado o maior número de políticos mortos no período, dez no total, seguida por Duque de Caxias, empatada com sete homicídios na segunda posição com a Capital. A lista ainda tem Nova Iguaçu (5), Seropédica (4) e Nilópolis (3), todas na Baixada. Houve ainda dois casos em São Gonçalo, além de um em Niterói e um em Itaboraí — as quatro na Região Metropolitana. O município de Rio Claro, com uma execução, é o único representante do interior.
Os homicídios, em geral execuções brutais, com emboscadas, homens encapuzados e múltiplos disparos, revelam a atuação de milicianos, traficantes, contraventores do jogo do bicho ou grupos de extermínio.
E como se um político fosse morto a cada seis meses
A violência contra políticos se concentra em anos eleitorais, períodos que correspondem a dois terços dos casos (29). Os ataques são ainda mais frequentes em pleitos municipais, como o de outubro próximo, que somam quase três vezes mais assassinatos do que as eleições gerais: 21 e oito, respectivamente.
Mais de 72% dos casos (31 de 43) ocorreram nos municípios da Baixada Fluminense, onde vivem cerca de 4 milhões de habitantes.
A execução mais recente de um político fluminense foi a do ex-vereador do Rio Jair Barbosa Tavares, o Zico Bacana. Após sobreviver a um ataque anterior, ele e o irmão foram assassinados em agosto, em Guadalupe, na Zona Norte do Rio.
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