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CSN vai investir R$ 1,5 bilhão em unidade no Vale do Paraíba, em São Paulo
Enquanto os acidentes se multiplicam na Usina Presidente Getúlio Vargas, e os montes de escória permanecem poluindo o ambiente em Volta Redonda, no Sul Fluminense, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) anunciou nesta quinta-feira, 6, que vai investir R$ 1,5 bilhão na instalação de uma laminadora de aço galvanizado em um município do Vale do Rio Paraíba do Sul, no trecho que corta estado de São Paulo.
No evento realizado no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo, Benjamin Steinbruch, presidente e principal acionista do grupo CSN, disse ao governador João Doria (PSDB), que a instalação terá capacidade para produzi 350 mil toneladas de aço laminado por ano e vai atender basicamente os mercados automotivo e de linha branca (geladeiras, freezers, fogões e máquinas de lavar).
A CSN estima colocar a laminadora em operação no prazo de três anos, com previsão de abertura de 400 novos postos de trabalho.
Segundo Steinbruch, a CSN, que tem uma dívida líquida superior a R$ 25 bilhões, projeta investir R$ 10 bilhões em quatro anos nas áreas de mineração e de produção de aço.
O 'avesso da vida' é que Samuca Silva, prefeito de Volta Redonda, cidade assustada com o sucateamento da siderúrgica, anunciou no início do ano, que João Dória é o seu padrinho político no PSDB - FOTO/divulgação
Sobre a escolha do Vale do Rio Paraíba do Sul em São Paulo, o empresário informou que o investimento se justifica porque fica mais próximo da indústria automobilística e também do polo metal-metalúrgico que será desenvolvido no Estado.
MONTES DE ESCÓRIA
FOTO/divulgação
O Ministério Público Federal em Volta Redonda e o Ministério Público Estadual moveram ação civil pública contra a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e a empresa metalúrgica Harsco para remoção de morros de escória (subproduto da fundição de minério para purificar metais) que chegam a atingir mais de 20 metros no pátio de escória da empresa. Além da poluição visual e atmosférica, há a incerteza sobre o que teria sido ali armazenado, principalmente nas pilhas mais antigas, que vêm sendo formadas desde a década de 70, quando a área começou a funcionar como bota-fora da CSN.
A localização do depósito também é alvo de questionamento, já que deveria estar a 200 metros do Rio Paraíba do Sul e a 500 metros da população, mas se encontra em solo de topografia desfavorável, junto ao leito do rio e ao tráfego intenso da BR-393, em meio a um conglomerado urbano e dentro da zona de amortecimento de uma unidade de conservação de proteção integral.
FOTO/CAPA/divulgação - Benjamin Steinbruch, presidente e principal acionista do grupo CSN.
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