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As belezas naturais e culturais do Centro Histórico de Paraty, da Baía da Ilha Grande e da Serra da Bocaina, entre Paraty e Angra dos Reis, Costa Verde do Rio, conquistaram o título de Patrimônio Mundial Cultural e Natural, reconhecido pela Unesco, nesta sexta, 5.

Reunido em Baku, no Azerbaijão, o Comitê da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) avaliou 28 pedidos de sítios mundiais, sendo dois mistos, e os de Paraty e Ilha Grande foram dois dos reconhecidos.

A proposta reconheceu a paisagem exuberante, desde o nível do mar até as vegetações de altitude, com mais de 2 mil metros, assim como a biodiversidade preservada no Parque Estadual da Ilha Grande, na Reserva Biológica Estadual da Praia do Sul e na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Estadual do Aventureiro, além da Reserva Ecológica Estadual da Juatinga.

O patrimônio cultural da região mescla-se com o ambiental, formando um local único no mundo, que inclui peculiaridades do modo de vida de comunidades quilombolas, indígenas e caiçaras e sua forma de se relacionar com os recursos naturais.

A candidatura envolveu o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), em conjunto com o Ministério da Cultura, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e o Instituto Estadual do Patrimônio Cultural - Inepac, além das prefeituras de Angra dos Reis e de Paraty.

ACESSIBILIDADE ZERO NO CENTRO HISTÓRICO DE PARATY

FOTO/divulgação

Certamente o quesito acessibilidade não pesou na escolha do belíssimo Centro Histórico de Paraty como patrimônio mundial pela Unesco.

Enquanto o Ministério Público Federal move Ação Civil Pública para garantir um plano de mobilidade e acessibilidade urbana para o Centro Histórico de São Luiz, no Estado do Maranhão, no Centro Histórico de Paraty, no Estado do Rio de Janeiro, nenhuma providência foi adotada para garantir aos portadores de deficiência física ou até mesmo idosos com mobilidade reduzida, o direito de visitarem o patrimônio mundial reconhecido pela Unesco.

FOTO/CAPA/divulgação