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Barragem de rejeito da CSN mineradora alarma população e autoridades de Congonhas, em Minas Gerais
A Prefeitura de Congonhas (MG), através da Secretaria de Meio Ambiente, divulgou nota convocando reunião com representantes de órgãos que vistoriaram a barragem Casa de Pedra, que pertence a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN Mineradora).
Os agentes municipais, movidos pela tragédia de Brumadinho e por um laudo divulgado na imprensa de Minas Gerais, na sexta-feira, 6, alertando sobre a possibilidade de risco de rompimento da barragem da CSN Mineradora, querem explicações sobre o resultado da perícia requisitada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que apontou falhas no monitoramento e inexistência de plano de ações emergenciais estabelecendo rotas de fuga, pontos de encontro, sinalização e sistema de alerta.
Segundo relatos do Capitão da 2ª Cia dos Bombeiros da cidade de Lafaiete (MG), Ronaldo Nazaré, os vereadores de Congonhas foram informados pela corporação há um mês, que a CSN Mineradora não realiza treinamentos externos com moradores em locais de risco.
Há 15 dias o engenheiro do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Wágner Nascimento, afirmou, ao presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Glaycon Franco (PV), que a barragem da Companhia Siderúrgica Nacional em Congonhas, não oferece riscos à população.
A informação foi dada em visita realizada ao local na tarde do dia 18. A comissão esteve no local motivada por denúncias apresentadas por moradores de que a barragem Casa de Pedra estaria apresentando infiltrações em sua base, o que poderia levar riscos a bairros localizados a menos de 1 quilômetro do dique de contenção.
Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente, Neylor Aarão, “quanto a estabilidade da barragem e a segurança das pessoas, não pode haver dúvidas. Queremos confrontar as informações destes órgãos, para que possamos ter tranquilidade quanto ao que é verdade e o que não é. Cada um vem na cidade, faz um levantamento e vai embora. Nós ficamos aqui sem saber o que está acontecendo, se estamos seguros ou não. E muitas vezes parece que alguns órgãos se preocupam mais em procurar os veículos de comunicação para uma exposição na mídia, do que com a segurança das pessoas, porque nós que estamos mais próximos somos os últimos a ficarmos sabendo das informações. O que queremos nada mais é do que conhecer a verdade em relação à segurança”, finaliza Neylor.
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