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Nobel de Química afirma que isolamento social foi motivado pelo pânico e não pela ciência
Enquanto no Brasil, governadores, prefeitos, ministros dos tribunais superiores, magistrados, procuradores, promotores e até defensores públicos endossam medidas restringindo direitos individuais com o argumento de que seguem determinações da ciência, porém, sem sequer citar um nome de cientista e sua tese, o professor da Universidade de Stanford e vencedor do Prêmio Nobel de Química em 2013, Michael Levitt, disse ao The Telegraph, que a decisão de manter as pessoas dentro de casa foi motivada pelo pânico e não pela melhor ciência.
Autor da previsão mais acertada sobre a escala inicial da pandemia, o professor Michael Levitt afirmou, que o bloqueio não salvou vidas, mas pode estar custando vidas. “Ele salvou algumas vidas de acidentes de trânsito, coisas assim, mas os danos sociais - abuso doméstico, divórcios, alcoolismo - foram extremos” – argumentou o professor, que possui estudos incluídos em um relatório do JP Morgan, concluindo que os bloqueios falharam em alterar o curso da pandemia, mas "destruíram milhões de meios de subsistência".
Marko Kolanovic, físico treinado e estrategista do JP Morgan, disse que os governos foram assustados por "artigos científicos falhos" para impor bloqueios "ineficientes ou atrasados" e com pouco efeito.
Para o físico da JP Morgan, a queda nas taxas de infecção desde que os bloqueios foram suspensos sugere que o vírus "provavelmente tem sua própria dinâmica", que não está relacionada a medidas de bloqueio frequentemente inconsistentes.
A Dinamarca está entre os países que viram sua taxa de contaminação continuarem caindo após a reabertura de escolas e shoppings, enquanto a taxa da Alemanha permaneceu abaixo de 1,0 após a redução do bloqueio.
Para o professor Levitt, os governos deveriam incentivar o uso de máscaras sem restringir a circulação necessária para manter postos de trabalho e garantir a saúde da economia em seus países.
Chamando de alarmista e qualificando como sem sentido a modelagem do professor Ferguson, que estimou milhões de mortes sem medidas de distanciamento social, o detentor do prêmio Nobel de Química argumentou: “Por razões que não estavam claras para mim, acho que os líderes entraram em pânico e as pessoas entraram em pânico. Houve uma enorme falta de discussão”.
Embora o professor Levitt reconheça que os bloqueios podem ser eficazes, ele os descreve como "medievais" e acha que os epidemiologistas exageram suas alegações.
David Richards, co-fundador da empresa britânica de tecnologia de dados WANdisco, disse que o modelo do professor Ferguson sobre a eficiência do distanciamento social é uma "bagunça de buggy, que se parece mais com uma tigela de massa de cabelo de anjo do que com uma peça de programação refinada".
Richards disse: "Em nossa realidade comercial, demitiríamos alguém por desenvolver código como este e qualquer empresa que dependesse dele para produzir software para venda provavelmente faliria".
Pesquisadores da Universidade de Edimburgo também encontraram bugs ao executar o modelo do professor Ferguson, obtendo resultados diferentes quando usavam máquinas diferentes, ou mesmo as mesmas máquinas em alguns casos.
Quatro modeladores experientes observaram anteriormente que o código está "profundamente cheio de bugs", tem "enormes blocos de código - práticas ruins" e é "possivelmente o pior código já produzido".
Após a previsão sombria do modelo, o professor Michael Thursfield da Universidade de Edimburgo classificou o modelo sobre distanciamento social do professor Ferguson como "irregular".
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