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O Exército russo iniciou, na madrugada desta quarta-feira, 23, os bombardeios no território da Ucrânia. Em comunicado, a agência de notícias estatal russa informou, que os ataques partiram das fronteiras com Rússia, Bielorrússia e Crimeia e têm como alvos as bases aéreas e outras áreas militares ucranianas.

Enquanto o Ministério russo da Defesa afirma que está usando armas de alta precisão para inutilizar a infraestrutura militar, instalações de defesa aérea, aeródromos militares e aviação das Forças Armadas da Ucrânia, o Exército ucraniano diz ter abatido cinco aviões russos e um helicóptero.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, impôs a lei marcial pedindo aos ucranianos que evitem pânico e confiem na capacidade do Exército para defender o país.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kouleba, acusou a Rússia de ter iniciado "invasão em larga escala".

Foram registadas fortes explosões em cidades da Ucrânia, como a capital Kiev, Kramatorsk - quartel-general do Exército ucraniano, Kharkiv e Mariupol, que ficam em regiões portuárias. Com meio milhão de habitantes, Mariupol é a maior cidade na fronteira com as autoproclamadas repúblicas separatistas pró-russas de Donetsk e Luhansk.

O presidente Vladimir Putin justificou a operação, afirmando, que se destina a proteger civis de etnia russa em Donetsk e Luhansk, cuja independência ele reconheceu na segunda-feira, 21. Putin revelou que vai repelir com força jamais vista no mundo qualquer nação que tentar intervir belicamente no conflito.

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