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Presidente da Ucrânia volta a pedir à população para pegar em armas contra os russos
Ministério da Defesa da Rússia confirmou que tropas estão em Kiev
O Ministério da Defesa da Ucrânia disse, em comunicado, nesta sexta-feira, 25, que as Forças Armadas estão travando duras batalhas para repelir os ataques do Exército russo em todo o território e voltou a pedir o apoio da população.
O pedido partiu do próprio presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que confirmou o fornecimento de armas a todos os cidadãos que desejam defender a soberania da Ucrânia . "Nossos militares precisam desse apoio. O principal é que precisam do apoio de nossa população. Temos um exército de pessoas poderosas. Nossa população também é um exército poderoso. Então, apoiem os militares”, disse Zelensky recrutando os ucranianos. “O futuro do povo ucraniano depende de cada cidadão. Todo mundo que tem experiência de combate e pode se juntar à defesa da Ucrânia deve se dirigir aos centros apropriados. O Ministério da Administração Interna envolverá veteranos na defesa do Estado”.
Autoridades ucranianas orientaram a população a preparar coquetéis molotov para defender a Capital e a se abrigarem em estações de metrô que foram transformadas em abrigos.
O presidente também pediu aos cidadãos que se unam à doação de sangue para os feridos. Zelensky disse que 137 pessoas morreram e 316 ficaram feridas no primeiro dia de operações, incluindo dezenas de civis.
Enquanto os Estados Unidos e os governos ocidentais impõem sanções a Moscou, Zelensky afirmou que se sente sozinho. "As forças mais poderosas do mundo assistem de longe. As sanções de ontem persuadiram a Rússia? Vemos em nossos céus e sentimos no chão que elas não são suficientes", afirmou em vídeo divulgado no Telegram.
O dia amanheceu em Kiev com explosões e sirenes de alerta. Cerca de 3 milhões de pessoas vivem na capital ucraniana. Estima-se que, desde o início da invasão russa, mais de 100 mil pessoas fugiram de suas casas e dezenas de milhares deixaram a Ucrânia, segundo informações da Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur).
O Ministério da Defesa da Rússia confirmou que o Exército do país já está em Kiev, a Capital ucraniana, e que áreas residenciais não serão atingidas.
O chanceler russo, Sergey Lavrov, afirmou que o país não negociará enquanto a Ucrânia resistir. O objetivo de Moscou é, segundo Lavrov, desmilitarizar a Ucrânia.
Especialistas preveem que a queda do presidente Volodymyr Zelensky, que se aproximou perigosamente de potências nucleares inimigas da Rússia, poderá encerrar o conflito entre os dois países.
FOTO/reprodução - Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky
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