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Nascida na cidade de Valência, Cristina Segui é uma das mais conhecidas jornalistas da Espanha. Com uma carreira de destaque em importantes órgãos de imprensa do país, atualmente, a jornalista atua em órgãos independentes e com forte presença nas mídias digitais, acompanhando com atenção especial os bastidores da política ibero-americana.

Recentemente, Cristina Segui afirmou, que o dinheiro do narcotráfico alimenta os partidos da esquerda nos países de língua espanhola e portuguesa.

Traçando um cenário assustador, em que aponta não só o vínculo entre o narcotráfico e os partidos de esquerda da Península Ibérica e da América Latina como, também, a extensa rede que une os interesses da esquerda nos dois lados do Atlântico, Cristina Segui citou, como exemplo, a proteção que Hugo Carvajal recebeu em anos de fuga na Espanha e Portugal.

Carvajal, que era chefe da inteligência chavista, desapareceu na Espanha, segundo a jornalista, sob o comando do Centro Nacional de Inteligência (CNI) e dos partidos PSOE e Podemos. “Na Espanha, Carvajal teve o apoio de Pablo Iglesias, o líder do Podemos na Catalunha. Também foi apoiado por Jaume Asens, advogado dos terroristas jihadistas em meu país. Contou com a ajuda do ex-presidente José Luis Rodríguez Zapatero, embaixador do chavismo na Europa e ‘protetor’ de terroristas do ETA na Espanha”, disse Cristina Segui, em entrevista concedida ao portal IG, no Brasil, acrescentando: “Hugo Carvajal foi chefe de inteligência da Venezuela entre 2004 e 2014. Rodríguez Zapatero foi presidente do governo entre 2004 e 2011 na Espanha. Pesquisas realizadas ao longo dos anos comprovam sua influência direta para estabelecer uma rede que ocultava as rotas do narcotráfico da Venezuela à Espanha. O embaixador da Espanha na Venezuela, Raúl Morodo, foi um dos patrocinadores dessas operações, conforme disseram minhas fontes. Morodo é investigado no escândalo de corrupção da PDVSA, pelos subornos ao chavismo, e Zapatero sabia disso. Eles desviaram mais de 35 milhões de dólares da petroleira para a vice-presidência chavista.”

Sobre apoio do setor privado ao esquema internacional, Cristina Segui revelou, que muitas empresas privadas deveriam ser submetidas a uma investigação internacional. “El Pollo saiu de Portugal num jato privado da Mota-Engil, construtora portuguesa propriedade da família Mota e conhecida como a ‘empresa do regime português’, por sua influência decisiva na política daquele país. A Mota-Engil controla todos os principais políticos portugueses”, revelou.

Sobre a mídia internacional, a jornalista espanhola alfinetou o que chamou de poder máximo nas mãos dos meios de comunicação privados, alimentados pelo orçamento público. “Os governos substituíram os gabinetes dos juízes pelos aparelhos de TV. Apresentadores que pensam todos da mesma maneira e que estão todos milionários, agora são juízes decidindo sobre qualquer dissidência da sociedade civil e política. A maioria dos políticos está em pânico. Iglesias sabe disso e por isso sempre diz: em vez de ministérios, dê-me os telejornais", comentou.

Para a jornalista espanhola, os ex-presidentes brasileiros Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff são peças secundárias no tabuleiro das conexões da esquerda ibero-americana com o narcotráfico. No Brasil, Cristina Segui apontou São Paulo como a cidade onde a principal base da inteligência chinesa foi instalada. Segundo ela, os chineses vão apoiar outras bases ligadas ao narcotráfico, como a marroquina, através de entidades como o Haitong Bank. “Que, mais do que um banco, é a verdadeira agência de inteligência econômica chinesa”, disparou.

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