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Juíza punida pelo CNJ por “crime de opinião”
Por criticar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), acusando-os de promover ativismo judicial, e também por sugerir abertura de processos de impeachment contra autores de decisões inconstitucionais, a juíza Ludmila Lins Grilo, da Vara Criminal e da Infância e Juventude de Unaí (MG), foi afastada cautelarmente do cargo até a conclusão de dois processos administrativos disciplinares abertos nesta terça-feira, 14, no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A decisão, que caminha no limiar entre tribunal no Estado Democrático de Direito e "tribunal de exceção", pune a magistrada, antecipadamente, por emitir opinião, que a bem da verdade não é somente dela, mas inúmeros juristas que hoje são marginalizados por defenderem a Língua Portuguesa expressa claramente nas páginas da Constituição Federal.
A Juíza Ludmila Lins Grilo disse ser vítima de assassinato de reputação e de estardalhaço midiático.
Outros vinte magistrados estão na mira do conselho também por "crime de opinião".
O CNJ se baseia na Lei Orgânica da Magistratura (Loman), que impede manifestações político-partidárias, opiniões sobre processos em curso ou juízo depreciativo a respeito de decisões.
Quem decide quando e contra quem essas vedações da Loman serão utilizadas é a grande mídia, que hoje é o alicerce daqueles que praticam ativismo judicial no Brasil.
FOTO/reprodução - Juíza Ludmila Lins Grilo.
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