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Deputados pedem apuração do MPF sobre influência da "cura gay" no suicídio de Karol Eller
Os deputados federais Erika Hilton (SP), Luciene Cavalcante (SP) e o Pastor Henrique Vieira (RJ) solicitaram ao Ministério Público Federal (MPF), na segunda-feira, 16, apuração sobre a morte por suicídio da influenciadora digital Karol Eller e da prática da chamada “cura gay” a que ela teria sido submetida em uma igreja evangélica na cidade de Rio Verde, em Goiás.
FOTO/CAPA/reprodução - influenciadora digital Karol Eller
Eller morreu na última quinta-feira, 12, aos 36 anos. O caso foi registrado pela Polícia Civil como suicídio consumado, ocorrido às 22h no bairro do Campo Belo, Zona Sul de São Paulo.
Os parlamentares alegam que Karol Eller participou de um retiro de jovens oferecendo “conversão” de bissexuais e homossexuais à heterossexualidade. A prática é vedada por resolução do Conselho Federal de Psicologia desde 1999
“Serve a presente [representação] para solicitar deste órgão [MPF] a apuração dos fatos narrados com a devida investigação da prática de ‘cura gay’ pelos representados e demais entidades, profissionais, grupos e empresas em atividade no Brasil, com as medidas cabíveis para a devida ação de tutela coletiva e a devida ação penal pública pelos crimes de homotransfobia, tortura psicológica e incitação ao suicídio pelas autoridades religiosas envolvidas”, diz o documento.
O Ministério Público Federal (MPF) informou que recebeu a representação nesta terça-feira, 17, e que o caso está em fase de análise preliminar para definição dos próximos passos. A procuradoria pode decidir por instauração de inquérito, arquivamento ou outras medidas cabíveis. O órgão informou ainda que não há prazo para conclusão da avaliação inicial.
A igreja evangélica de Rio Verde não comentou sobre o pedido de investigação das ações no retiro de jovens.
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