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Wilson Witzel enfrenta semana decisiva no seu processo de impeachment
Próximo de assumir o posto de maior embuste da história política do Estado do Rio de Janeiro, o governador Wilson Witzel (PSC) tem uma semana decisiva no seu processo de impeachment. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deve decidir se aceita o recurso apresentado pela defesa do governador afastado, que tenta paralisar o andamento do rito.
Argumentando que não foi protocolada uma peça processual expondo o fato criminoso do qual ele é acusado, Witzel tenta evitar o julgamento previsto para acontecer até o final desse mês, no qual as suas chances de ser absolvido são consideradas baixas. Witzel afirma que a falta de um “libelo acusatório” gerou falhas no processo de impeachment e, e por isso toda investigação deveria voltar à estaca zero. Em suas alegações finais, a acusação pedirá para que Witzel seja condenado por crime de responsabilidade e perca os direitos políticos por cinco anos.
O desembargador Henrique Andrade Figueira — presidente do Tribunal de Justiça do Rio e do Tribunal Especial Misto (TEM) que julga o impeachment — enviou a Moraes uma série de documentos anexados à denúncia contra Witzel que comprovariam o eixo acusatório. Contratos com as organizações sociais Unir Saúde e Iabas pesam no processo de impeachment do governador afastado.
As investigações sobre fraudes em compras e contratos durante a pandemia da Covid-19 apontam que Witzel ignorou pareceres jurídicos que desqualificavam a Unir como possível contratada do estado assinando ofícios que revogaram o veto. Para o Ministério Público Federal (MPF), a OS tem como sócio oculto o empresário Mário Peixoto. Um dos homens fortes de Witzel, Peixoto também teria expandido a sua influência para o Iabas, OS escolhida pelo governo para administrar os hospitais de campanha que receberiam os pacientes com Covid-19. O contrato, feito sem licitação, foi de aproximadamente R$ 850 milhões. Os hospitais, no entanto, nunca chegaram a funcionar em sua plenitude.
Literalmente desesperado, Witzel pretende usar a conversa entre o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) e o presidente Jair Bolsonaro em suas alegações finais. Ele afirma que o trecho em que Bolsonaro cobra ao senador que a CPI que investigará a condução do combate à pandemia também inclua prefeitos e governadores serve como prova de que o presidente persegue chefes do Executivo que se opõem a ele.
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