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Nos municípios de Três Rios, Itaguaí, Silva Jardim e Natividade, os moradores terão que esperar até dezembro para conhecer os novos prefeitos.

Em Três Rios, no Centro-Sul fluminense, Joa (Republicanos), com 60,99% dos votos, aguarda decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para saber se a rejeição das contas como presidente da Câmara Municipal o tornou inelegível. Como presidente do Legislativo, Joa pagou subsídios aos vereadores superiores ao autorizado pela Constituição.

Em caso de confirmação da inelegibilidade de Joa, o candidato Vinicius Farah (União), segundo colocado com 31,29% dos votos, será empossado.

Em Itaguaí, na Baixada Fluminense, Rubem Vieira de Souza, o Dr. Rubão (Podemos), com 39,46% dos votos, aguarda decisão da Justiça Eleitoral para ter o resultado consolidado.

Atual prefeito de Itaguaí, Dr. Rubão teve candidatura indeferida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). O tribunal decidiu que sua eleição configura um terceiro mandato, o que é proibido pela Constituição Federal.

Em 2020, após o impeachment do prefeito e do vice na cidade, o político, que era presidente da Câmara Municipal, foi levado a assumir o cargo de Prefeito. No mesmo ano, ele concorreu e foi eleito prefeito, o que a Justiça considera seu segundo mandato.

Donizete (UNIÃO), com 28,24 % dos votos, foi o segundo colocado nas eleições em Itaguaí.

Em Natividade, no Noroeste Fluminense, o resultado também é incerto. Taninho (União Brasil) foi o candidato com mais votos nas urnas: 47,09% do total. Porém, uma decisão do TRE-RJ apontou inelegibilidade em razão de uma condenação com suspensão de seus direitos políticos pelo prazo de quatro anos, em razão de improbidade administrativa na gestão anterior.

Murillo Júnior (PP), com 39,09% dos votos, foi o segundo colocado nas urnas e pode assumir como prefeito da cidade.

Em Silva Jardim, município com 22 mil habitantes da Baixada Litorânea fluminense, a candidata com o maior número de votos ainda aguarda decisão para ser considerada eleita. Maira Figueiredo (MDB) recebeu 47,57% dos votos, mas teve a candidatura indeferida pelo TRE-RJ.

A decisão se baseia no entendimento de que, se eleita, Maira faria o terceiro mandato consecutivo pelo mesmo núcleo familiar. Ela tornou-se prefeita da cidade em eleição complementar de outubro de 2021, após o marido ter chefiado o Executivo de outubro de 2019 até o fim de 2020. Ele era presidente da Câmara e assumiu o cargo de prefeito interinamente na época.

O segundo candidato mais votado no município em 2024 foi Juninho Peruca (Solidariedade), com 45,49% dos votos.

FOTO/CAPA/reprodução - Tribunal Superior Eleitoral