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Agentes da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro cumprem 41 mandados de prisão decretados pela Justiça.

A chamada Operação Sênones prendeu preventivamente nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira, 27, o prefeito de Japeri, Carlos Moraes (PP), de 73 anos, por suspeita de crime de associação ao tráfico de drogas.

Detido em Nova Iguaçu, Carlos Moraes foi levado para a Cidade da Polícia, no Jacarezinho, na Zona Norte do Rio. Na casa do político foram apreendidos uma pistola e cerca de R$ 35 mil em espécie dentro de duas bolsas com a logo da prefeitura de Japeri.

O vereador Cláudio José da Silva, o Cacau (PP), também foi preso. A polícia ainda procura o presidente da Câmara de Japeri, Wesley George de Oliveira (PP). De acordo com os mandados de prisão, o prefeito e vereadores são ligados a Breno da Silva de Souza, o BR, chefe do tráfico no Complexo do Guandu preso há uma semana.

As investigações começaram há 1 ano, quando Carlos Moraes e o traficante Breno foram interceptados em escuta telefônica autorizada pela Justiça. Os agentes descobriram, que o prefeito e vereadores de Japeri possuíam ligação com membros de uma facção criminosa. A assessora Jenifer Aparecida Kaiser Matos, que também é alvo da Operação Sênones, é apontada como o elo de ligação entre a Prefeitura, Câmara de Vereadores e a facção criminosa.

Além de controlar o tráfico de drogas na região, o grupo é acusado de homicídios, roubos, extorsões e exploração irregular de um areal no Rio Guandu. Nas escutas telefônicas autorizadas pela Justiça os investigadores descobriram que traficantes de uma comunidade local indicaram empresas para construir duas creches.

Carlos Moraes foi eleito em 2016 para seu terceiro mandato como prefeito de Japeri vencendo o presidente da Alerj, deputado André Ceciliano (PT), que foi o segundo colocado nas eleições.

FOTOS/reproduções/Agência O Globo.