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Na quinta-feira, 14, policiais civis da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD), localizada no Rio de Janeiro, seguiram até Resende, no Sul do Estado do Rio, para investigar informação sobre traficante do Morro da Mangueira, na Zona Norte do Rio, que estaria comemorando seu aniversário hospedado com sua mulher em uma pousada do distrito turístico da Vila Visconde de Mauá.

Contaram os policiais civis, no registro de ocorrência, que ao chegarem na pousada, em Visconde de Mauá, eles foram abordados por policiais militares do 37º BPM, que os acompanharam no interior da pousada, onde foram recebidos pelos proprietários, que franquearam suas entradas no estabelecimento.

Verificando que os nomes do traficante e sua mulher não constavam nos registros dos hóspedes, a equipe da DCOD, que estava em uma van e uma Duster, circulou por Visconde de Mauá em busca do veículo informado como transporte do casal envolvido com o tráfico do Morro da Mangueira.

No retorno ao Rio, contaram os policiais civis, que apesar de estarem uniformizados, identificados e em viaturas oficiais, foram abordados por policiais militares do 37º BPM, que os colocaram deitados com os rostos virados para o asfalto sob ameaças de tiros de fuzil.

No registro, os agentes da DCOD relataram que "toda a equipe foi rendida, mesmo com a roupa da Polícia Civil e com seus distintivos nas mãos", e obrigada pelos policiais militares a deitar no chão. "Mesmo após apresentar as carteiras funcionais e seus distintivos aos policiais militares, a equipe do depoente (policial civil) continuou cercada, recebendo diversas ameaças e ordenando-lhes a deitar no chão". O agentes afirmaram, ainda, que o sargento PM que abordou a equipe na pousada de Visconde de Mauá acionou as demais viaturas da PM alegando que ela seria uma quadrilha de assaltantes de caixa eletrônico.

No registro de ocorrência foram anexados o BPM (Boletim de Missão Policial) e o BDT (Boletim Diário de Tráfego), documentos que garantem a operação policial sem cumprimento de mandado de prisão ou de busca e apreensão.

Como a Secretaria de Segurança Pública foi extinta, os secretários estaduais de Polícia Militar e de Polícia Civil informaram que "todas as providências estão sendo tomadas para que os fatos sejam devidamente apurados".

FOTO/divulgação