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Os quatro policiais civis presos na quinta-feira, 19, por tráfico de 16 toneladas de maconha e corrupção, são suspeitos, também, de promoverem um “leilão” de fuzis entre as facções criminosas Comando Vermelho (CV) e Terceiro Comando Puro (TCP).

 FOTO/CAPA/reprodução - Fuzis apreendidos

Segundo investigação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e da Polícia Federal (PF), os policiais civis exigiram, em outra ocasião, R$ 500 mil para a liberação de um criminoso da facção Comando Vermelho (CV). Eles chegaram a receber R$ 100 mil e esperavam receber o restante. O criminoso que teve a liberação oferecida pelos agentes da Polícia Civil por R$ 500 mil é irmão do traficante Rodrigo da Silva Caetano, conhecido como 'Motoboy', um dos chefes do tráfico nas comunidades Nova Holanda e Parque União, no Complexo da Maré, na Zona Norte.

De acordo com denúncia aceita pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), como houve recusa do pagamento integral, Alexandre Amazonas, Eduardo Carvalho, Juan Felipe e Renan Guimarães apreenderam 31 fuzis do Comando Vermelho (CV) e venderam 29 fuzis para a facção rival após a realização de uma espécie de “leilão” vencido pelo Terceiro Comando Puro (TCP). Após a negociação os policiais civis apresentaram os dois fuzis apreendidos na delegacia.

Dos quatro agentes investigados e presos, três -Eduardo Macedo de Carvalho, Juan Felipe Alves da Silva e Renan Macedo Guimarães - foram transferidos da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) quando a Polícia Federal (PF) passou a investiga-los.

De acordo com a denúncia do MPRJ, a realocação dos agentes é indício de uma possível manobra para blindar os investigados e embaraçar as apurações em andamento.

Em nota, a Secretaria de Estado de Polícia Civil  afirmou que "não faz manobras para blindar investigados ou embaraçar investigações".