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Polícia Civil do Rio investiga “laranjas” nas empresas ligadas ao deputado Vinicius Farah, em Três Rios
As equipes do Núcleo de Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil do Rio de janeiro estão cumprindo, desde às 6 horas desta quarta-feira, 30, dezoito mandados de busca e apreensão em endereços do Rio de Janeiro, Capital, e de Três Rios, no Sul Fluminense. Também foram cumpridos 10 mandados de bloqueios de contas bancárias nas duas cidades.
No centro da operação batizada de Barão de Entre-Rios está Vinicius Farah (MDB), ex-presidente do Detran e deputado federal eleito em 2018. Farah chegou a ser preso na Operação Furna da Onça, desdobramento da Lava Jato, no Rio de Janeiro, em novembro do ano, mas está solto.
Durante nove meses de investigação, a polícia civil ligou Farah a várias empresas, incluindo algumas franquias de fast-food, todas comandadas por "laranjas".
A polícia aponta ainda que o valor declarado por Vinícius Farah como investimento para abertura de algumas dessas franquias era de, no máximo, R$ 50 mil, mas, de acordo com as investigações, o valor real necessário era de quase R$ 800 mil, o que não é compatível com o patrimônio declarado por ele nas campanhas eleitorais.
Um outro exemplo, segundo as investigações, é a boate Zoox Club, em Três Rios. Celso Jacob Filho, secretário de Esporte e Lazer da cidade, é sócio da boate Zoox Club junto com Leonardo Jacob, que substituiu Farah na presidência do Detran e também foi preso na operação Furna da Onça. A boate, de acordo com as investigações, tem um alto custo e um baixo rendimento e também estaria sendo usada para lavagem de dinheiro.
Além de Farah, Celso e Leonardo Jacob, outras quatro pessoas também são investigadas na operação: Fernanda Curdi, Sonia Farah (mulher de Vinícius); Eunice Farah (filha de Vinícius); e Leonardo Rezende.
Fernanda Curdi, segundo a polícia, era a encarregada de manipular licitações para que empresas comprometidas com o esquema vencessem. Fernanda foi chefe do setor de Licitação da Prefeitura de Três Rios de 2004 a 2016 e chefe do setor de compras do Detran-RJ, chegando a assumir a presidência com a prisão de Jacob.
FOTO/reprodução - Agentes da Polícia Civil entram na residência do investigado
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