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Preso na operação Boca de Lobo, deflagrada pela Polícia Federal, a pedido da então procuradora-geral da República, Raquel Dodge, no dia 29 de novembro de 2018, e libertado mais de um ano depois, em dezembro de 2019, por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), pela primeira vez neste período o ex-governador Luiz Fernando Pezão (MDB) será ouvido nesta terça-feira, 14, na 7ª Vara Federal Criminal do Rio, sobre as acusações do delator Carlos Miranda, operador do esquema do ex-governador Sérgio Cabral (MDB), que busca redução de pena na operação Lava Jato.

Segundo a delação de Carlos Miranda, o ex-governador Pezão teria recebido R$ 39,1 milhões em propinas pagas por empresários. Porém, em outro depoimento o delator reduziu o valor das propinas supostamente pagas ao ex-governador para R$ 25 milhões.

A defesa de Pezão sempre negou participação do ex-governador em ações criminosas.

O ex-governador cumpre medidas judiciais usando tornozeleira eletrônica e ficando em sua casa, em Piraí, no Sul Fluminense, entre as 20h e 6h. Ele também está proibido de deixar o estado do Rio sem autorização judicial e está impedido de ocupar cargos ou funções públicas tanto estaduais como municipais. O político também não pode entrar em contato com outros envolvidos nos casos em que é investigado.

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