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Ignorando qualquer possibilidade de envolvimento dos milicianos no desaparecimento de Lucas Matheus, de 8 anos, Alexandre da Silva, de 10 anos, e Fernando Henrique, de 11 anos, policiais civis realizam, nesta sexta-feira, 21, operação para prender traficantes da comunidade Castelar, que segundo a Polícia Civil criaram um “tribunal do crime” e são suspeitos no caso dos três meninos.

A comunidade Castelar, onde Lucas, Alexandre e Fernando moravam com familiares, fica a 3 quilômetros da Feira de Areia Branca, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, onde a atuação de milicianos foi confirmada pela operação da 54ª Delegacia de Polícia Civil, em 2019, quando Fabio Martins de Oliveira foi preso em flagrante ameaçando feirantes para arrecadar dinheiro cobrado pela milícia local.

A poucos metros da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, a comunidade Castelar cobra da Polícia Civil carioca uma solução para o caso que se arrasta desde 27 de dezembro, quando Lucas, Alexandre e Fernando foram vistos pela última vez.

Após 4 meses sem resultados nas investigações da Polícia Civil, uma força-tarefa do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) identificou imagens dos meninos através de uma câmera de segurança instalada na Rua Malopia, próxima a Feira de Areia Branca e dentro do território dominado pelos milicianos. O mesmo vídeo já tinha sido investigado por policiais civis que não encontraram as imagens dos meninos.

FOTO/reprodução - Imagem dos meninos encontradas pelo MPRJ.