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NASA lança sonda para colidir e mudar rota de asteroide no espaço
A NASA lança nesta quarta-feira, 24, da Base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia, nos EUA, o foguete Falcon 9, da SpaceX, que transporta uma sonda de Teste de Redirecionamento de Asteroide Duplo (DART, sigla em inglês), que vai colidir com o asteroide Dimorphos modificando sua rota no espaço.
O teste, que custará US$ 325 milhões, tem como missão preparar a agência espacial norte-americana para situações de emergência no futuro, já que o asteroide Dimorphos não representa ameaça ao planeta.
Dimorphos é um asteroide com cerca de 160 metros de diâmetro ligado gravitacionalmente a um corpo celeste de 780 metros de diâmetro chamado Didymos. Em resumo, é como se Dimorphos fosse uma lua que orbita Didymos, e os cientistas querem interferir em seu movimento de translação.
A colisão, numa velocidade de seis quilômetros por segundo, deve ocorrer no final de 2022. Um CubeSat (satélite miniaturizado) da agência espacial da Itália fará o registro das consequências do impacto, revelando, também, informações sobre a composição do Dimorphos.
Há 66 milhões de anos, um asteroide atingiu a Península de Yucatán, no México, desencadeando consequências ecológicas que levaram à extinção dos dinossauros.
Hoje, há tecnologia suficiente para mapear ameaças que ultrapassam um quilômetro de largura. Na verdade, 90% destes asteroides já foram catalogados pela Nasa. O problema são os objetos celestes que se encontram em uma categoria intermediária: nem pequenos demais para serem queimados durante a passagem pela atmosfera terrestre e nem grandes o suficiente para serem notados pelos astrônomos.
Não é possível afirmar se uma única colisão será suficiente para mover o asteroide Dimorphos. Também há a possibilidade de a rocha se dividir em duas, indo contra os planos iniciais.
A Agência Espacial Europeia (ESA) também tem planos de atingir a mesma dupla de objetos celestes. Inicialmente, a missão deveria chegar ao asteroide Dimorphos junto com a DART, mas foi adiada após a ESA se recusar a financiá-la em 2016. Um novo lançamento está previsto para 2024, com a nova colisão agendada para 2026.
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